Malba Tahan conta que dois amigos, Salim e Fahid, viajavam numa caravana para a Pérsia. Ao cruzarem um rio, Salim foi pego na correnteza, e teria morrido se o amigo não o ajudasse.
Agradecido, pediu que seus empregados gravassem numa rocha que ficava na margem do rio: “Aqui, Fahid salvou a vida de seu amigo”.
Quando voltavam da Pérsia, depois de atravessarem o mesmo rio, uma discussão tola fez com que os dois brigassem. Fahid puxou uma espada, e quase mata o amigo a quem havia salvo meses antes.
Depois que os ânimos serenaram, Salim chamou de novo seus empregados e pediu que escrevessem na areia: “Aqui, Fahid tentou matar seu amigo”.
“Quando o salvei, você gravou meu gesto numa rocha. Agora que quase o matei, você escreve na areia. Não vê que o vento logo apagará?”, perguntou Fahid.
“Esta é a sabedoria”, respondeu Salim. “Escrever as boas coisas na rocha, e as coisas negativas na areia”.
Fonte: blog do Paulo Coelho, postado em 18/11/12.
domingo, 18 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:00 |
"Da areia e da pedra"
Marcadores: blog, comportamento, Paulo Coelho, reflexão
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