Sob a leve tutela
De deuses descuidosos,
Quero gastar as concedidas horas
Desta fadada vida.
Nada podendo contra
O ser que me fizeram,
Desejo ao menos que me haja o Fado
Dado a paz por destino.
Da verdade não quero
Mais que a vida; que os deuses
Dão vida e não verdade, nem talvez
Saibam qual a verdade.
(Ricardo Reis, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, em "Odes")
sexta-feira, 30 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:30 | 0 comentários
"Da verdade não quero mais que a vida"
Marcadores: Fernando Pessoa, poema, poesia, Ricardo Reis
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:00 | 0 comentários
Um filme necessário
Um dos melhores programas da
televisão brasileira nos últimos tempos, formato inovador, cada vez merecendo
mais destaque, é o “Profissão Repórter” (TV Globo).
Marcadores: documentário, história, jornalismo, telejornalismo
quinta-feira, 29 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 21:36 | 0 comentários
O que tenho a dizer (palavras emprestadas)
Eu vim de uma quinta-feira chuvosa
Pela avenida
Pensei ter ouvido você falando suavemente.
Eu liguei as luzes, a TV
E o rádio,
Ainda não consigo escapar de seu fantasma
O que está acontecendo com isso tudo?
Louco, alguns dizem.
Onde está a vida que eu conhecia?
Foi embora...
Mas eu não vou chorar pelo ontem,
Há um mundo normal
De algum modo eu tenho de encontrar.
E enquanto eu tento trilhar o meu caminho
Para este mundo normal,
Eu aprenderei a sobreviver.
Paixão ou coincidência,
Certa vez induziu você a dizer:
"O orgulho destruirá nós dois em pedaços"
Bem, agora o orgulho saiu pela janela,
Cruzou os telhados
Fugiu
Me deixou no vácuo do meu coração.
O que está acontecendo comigo?
Louco, alguns dizem.
Onde está meu amigo quando mais preciso de você?
Foi embora...
Mas eu não vou chorar pelo ontem,
Há um mundo normal
De algum modo eu tenho de encontrar.
E enquanto eu tento trilhar o meu caminho
Para este mundo normal,
Eu aprenderei a sobreviver
Jornais ao lado da estrada
Contam sobre sofrimento e ganância,
Temido hoje, esquecido amanhã.
Oh, aqui, ao lado das notícias
De guerra santa e necessidade santa,
A nossa é apenas uma conversinha de mágoa...
E eu não vou chorar pelo ontem,
Há um mundo normal
De algum modo eu tenho de encontrar.
E enquanto eu tento trilhar o meu caminho
Para este mundo normal
Eu aprenderei a sobreviver
(Tradução copiada tal qual postada no letras.mus.br da música "Ordinary World")
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 12:18 | 0 comentários
Frase
"Antes de ser um grande jornalista é preciso ser uma grande pessoa."
Mauro Beting, jornalista, em carta em homenagem à memória do pai, Joelmir Beting
Marcadores: frase
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 07:00 | 0 comentários
O Titanic cem anos depois
Li em um portal de notícias que irá a leilão uma foto do suposto (ou provável) iceberg contra o qual o famoso navio RMS Titanic colidiu na madrugada do dia 14 para 15 de abril de 1912 – ou seja, há cem anos.
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:00 | 0 comentários
Jornalismo: as lições do professor Geneton
Descubro, em algum escaninho virtual, uma espécie de carta que escrevi, faz alguns anos, para um estudante de jornalismo imaginário. A carta seria parte de um manual de jornalismo que nunca foi publicado:
A primeira obrigação do jornalista é ser claro e objetivo. Aos fatos, pois:
1 - Se, depois de tantos anos de convivência em redações, eu fosse convocado a dar um “conselho” a uma turma de recrutas do jornalismo, diria simplesmente: em nome de todos os santos, por favor, please, s`il vous plâit, não percam nunca a capacidade de se espantar diante dos fatos. Vejam tudo com os olhos curiosos de um menino descobrindo a maravilha do mundo. O olhar faz toda a diferença. É o que distingue um jornalista burocrata de um jornalista interessante. Não existe assunto chato: o que existe é jeito chato de tratar de um assunto.
(...)
3 - O jornalista pertence a uma categoria especialíssima: de tanto conviver com fatos extraordinários, ele corre o risco de um achar tudo “normal” e “ordinário”. Neste momento, ele se transforma naquele sujeito entediado que, para o bem do Jornalismo, deveria estar exercendo outra profissão. Cuidado para não se transformar num desses inimigos da notícia. Parece incrível, mas existem, às pencas, nas redações.
(...)
7 - Seja saudavelmente pretensioso. Faça a si mesmo uma pergunta antes de resmungar porque foi escalado para entrevistar uma celebridade que já deu mil entrevistas: quem sabe se, na milésima primeira entrevista, eu não consigo arrancar uma história nova, uma declaração inédita, um detalhe que ninguém conhece? Não jogue fora a notícia antes de tentar.
8 - Fazer bom jornalismo é dar, ao leitor, ouvinte ou telespectador, uma informação que ele não conhecia. Tente ser o porta-voz da novidade.
9 - Ainda não inventaram uma fórmula mágica. A velha regra vale para todos os filhos de Deus: só escreve bem quem lê muito. Ponto final. Revogam-se as disposições em contrário. Cansei de ver nas redações: nem todo mundo que lê consegue ter um texto claro, límpido e atraente. Mas, invariavelmente, quem não lê não sabe escrever. Os maiores absurdos que já li foram escritos por gente que sofre de bibliofobia – horror a livro. Preferem ler revista de celebridade na sala de espera do dentista. (...)
Fonte: Geneton Moraes Neto, "Dez coisas que aprendi sobre ela, a profissão de Jornalista", blog Dossiê Geral, 8/11/12.
Marcadores: Geneton, jornalismo, profissão
quarta-feira, 28 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:46 | 1 comentários
Constatação
Dizem que a esperança é a última que morre. É verdade, mas ela também morre.
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:30 | 0 comentários
Muito prazer, Sue!
Sempre sonhei ver de perto um fóssil de dinossauro (quando criança, costumava ir à biblioteca municipal, no Centro, e passava as tardes vendo livros sobre astronomia e paleontologia). Tenho, como grande parte do público, uma curiosidade especial pelo famoso T-rex, o temido tiranossauro rex - um dos mais ferozes animais do período cretáceo (entre 65 milhões e 67 milhões de anos atrás).
A primeira vez que eu fiquei frente a frente com um desses gigantescos animais foi em 2007 numa visita ao Museu de História Natural de Nova York (EUA). Este ano, em abril, voltei ao local. Reencontrei o T-rex e tantos outros dinossauros. E não só lá.
O mais famoso T-rex, porém, está no Field Museum, de Chicago (EUA). O nome dele é Sue (o que não significa que seja fêmea; trata-se apenas de uma homenagem à paleontóloga que o achou). É o mais perfeito e completo fóssil de tiranossauro já encontrado. Vê-lo é algo incrível e assustador:
O esqueleto exposto no museu é original, com exceção do crânio - pesado demais para ficar junto do restante. O crânio original de Sue está exposto no andar superior, protegido por um vidro. Para quem entende inglês, é possível ler nas placas que o famoso T-rex tinha "dor de dente":
Fiz a foto abaixo para ter uma noção do tamanho do crânio em proporção com uma pessoa:
PS: numa próxima postagem mostrarei outros fósseis de dinossauros e de outros T-rex que cruzaram meu caminho.
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 09:00 | 0 comentários
"Tenho mais almas que uma"
Vivem em nós inúmeros;
Se penso ou sinto, ignoro
Quem é que pensa ou sente.
Sou somente o lugar
Onde se sente ou pensa.
Tenho mais almas que uma.
Há mais eus do que eu mesmo.
Existo todavia
Indiferente a todos.
Faço-os calar: eu falo.
Os impulsos cruzados
Do que sinto ou não sinto
Disputam em quem sou.
Ignoro-os. Nada ditam
A quem me sei: eu 'screvo.
(Ricardo Reis, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, em "Odes)
Marcadores: Fernando Pessoa, poema, poesia, Ricardo Reis
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:30 | 0 comentários
O futuro (ou o presente) é "mobile"
Entre tantas revoluções nas comunicações, uma das mais importantes é a migração das telonas para as telinhas, da conexão por PCs e laptops para aparelhos móveis como celulares e tablets.
É a revolução da mobilidade, ou "mobile", em globish. Que está nos transformando.
A comunicação, quanto mais intensa, mais interfere em nossas vidas. A comunicação, afinal de contas, é o que nos une. Ela já é total e segue evoluindo rapidamente.
Unir a comunicação à mobilidade é como unir o território ao movimento, o espaço dos lugares dando lugar ao espaço dos fluxos. É nessa torrente que você, seus amigos, sua empresa, sua marca e seu produto estão navegando.
A mobilidade é a nova dimensão, o 4D. Um ponto infinito dentro do bolso. É só tirar e acessar... tudo. Sua conta bancária, suas lojas favoritas, seus jornais, seus programas de TV, suas músicas, os restaurantes da redondeza, o tempo, o trânsito, o caminho. Em resumo, tudo e o seu contrário. O mundo.
Mas, principalmente, acessar seus amigos e seus relacionamentos. E carregar os amigos no bolso é genial.
Entre 2013 e 2015, o reinado dos PCs vai acabar, e a maioria dos acessos à internet será feito por aparelhos móveis.
Em países emergidos, como o Brasil, os aparelhos móveis serão cada vez mais a forma dominante de acesso por serem mais baratos que os computadores tradicionais.
E a propaganda precisa ir aonde a audiência está. Basta olhar em sua volta e no espelho: nossa atenção está cada vez mais nas telinhas que carregamos no bolso ou na bolsa. Você pode esquecer tudo em casa, mas, se esquecer do celular, vai voltar.
Enquanto a TV, o aparelho dominante das últimas décadas, nasceu junto com o marketing, a nova pequena tela para o mundo oferece pouco espaço para a publicidade como a conhecemos.
No começo da internet, muita gente simplesmente pegou o anúncio off-line e o adaptou à web, mas off e on são obviamente muito diferentes. No "mobile", aprendemos com nossos primeiros erros digitais. Não faz sentido adaptar estratégia web para o "mobile".
É preciso usar o que há de específico e elementar nesse ambiente, como localização do usuário, conectividade com agenda e calendário, capacidade de fazer ligações telefônicas.
Em cima dessas capacidades, uma indústria de aplicativos difusa e inovadora constrói velozmente serviços tão específicos quanto a criatividade de milhões e milhões de desenvolvedores espalhados pelo mundo. Um desenvolvimento que, como Steve Jobs, consegue unir a compreensão do humano com a compreensão da tecnologia.
O resultado são serviços fáceis de acessar que os usuários consideram relevantes e úteis, do mais frívolo ao mais importante.
Na sexta-feira passada, nas promoções da "Black Friday", a grande sensação nos Estados Unidos foram aplicativos que mostravam as melhores ofertas de lojas próximas de acordo com escolhas do usuário.
Existem ainda aplicativos que literalmente salvam vidas, previnem e auxiliam na cura de doenças. Na África do Sul, uma operadora de telefonia atuou com ativistas sociais e pesquisadores para enviar 1 milhão de torpedos diários incentivando ligações para serviço de informações sobre Aids, com resultados espetaculares.
(...) Eric Schmidt, presidente do conselho de administração do Google, disse na Clinton Global Initiative que a mobilidade é o fator que mais pode ajudar na mobilização das causas sociais. Certamente, ela pode fazer o mesmo com causas comerciais.
Se você quer um insight desta coluna, é o seguinte: a telinha do seu celular será brevemente uma das principais vitrines da sua atividade. É melhor dar à devida atenção a ela desde já.
O pequeno ficou grande.
Fonte: Nizan Guanaes, "Tudo, de bolso", Folha de S. Paulo, Mercado, 27/11/12.
PS: durante visita à CNN em Atlanta (EUA) em abril deste ano, um dos "chefões" de lá já havia afirmado que o futuro da comunicação passa pelas tecnologias móveis - ou "mobile".
Marcadores: mídia, Nizan Guanaes, publicidade, tecnologia
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:00 | 0 comentários
Menu norte-americano
Está com fome? É só dar uma olhada no cardápio:
A placa ficava no café anexo ao hotel Travelodge, em Chicago (EUA). Era lá que eu começava os dias...
Marcadores: Chicago, curiosidade, EUA, viagens
terça-feira, 27 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:24 | 0 comentários
Sim, o mundo acaba em 2012
Sim, os maias estavam certos. O mundo acaba em 2012.
Todo mundo já deve ter ouvido falar, ainda que sem profundidade, da tal teoria maia que teria previsto o fim do mundo para 21 de dezembro próximo.
Desde que o tema ganhou certa evidência, surgiu uma outra corrente buscando explicar que não se trata do fim do mundo tal como imaginamos, apocalíptico, e sim de uma passagem, uma transformação, digamos assim.
Para mim (e para muitos com os quais tenho contato), 2012 foi um ano estranho. De alguma forma, um ano que serviu para abalar estruturas, colocar abaixo certas certezas, mexer com sentimentos e provocar com tudo isso um turbilhão. A vida foi, inevitavelmente, chacoalhada.
Talvez não seja mera coincidência que muitas pessoas que conheço tenham manifestado ao longo do ano (e mais precisamente agora) dúvidas e incertezas a respeito do próprio futuro.
É natural que seja assim, diriam os maias?
A resposta, confesso, não sei ao certo (aliás, nada mais sei ao certo depois deste 2012). O fato é que, sob determinado aspecto, sim, o mundo acaba este ano. Ao menos aquele mundo de algum modo confortável no qual havíamos ancorado nossas vidas.
PS: não esperava que este processo todo fosse tão dolorido quanto se apresentou. Infelizmente, ou inevitavelmente (sei lá), as pessoas (algumas delas, frise-se) fizeram ou fazem questão de tornar tudo mais difícil quando um pouco mais de amor e diálogo entre os seres humanos poderia ajudar a enfrentar estes "mares nunca dantes navegados".
Até isto, porém, talvez faça parte do "fim do mundo". Afinal, neste aspecto, 2012 me colocou diante de situações com as quais nunca tinha convivido. Perdas doloridas como poucas vezes senti, palavras doloridas como poucas vezes ouvi.
Espero que o mundo novo que surgir após 21 de dezembro traga algumas respostas (ou ao menos algumas explicações) e, quem sabe, algum conforto. Afinal, ninguém resiste a um segundo "fim do mundo".
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:04 | 0 comentários
Afinal, Deus deve ser louvado?
Uma ação do Ministério Público Federal tentando retirar das cédulas de real a expressão "Deus seja louvado" colocou novamente em evidência uma polêmica que vira a mexe aparece no noticiário e, por conseguinte, na sociedade: a dos limites do estado laico.
O assunto é, por si só, polêmico. Discutir religião (como de resto futebol e política) é sempre um problema porque envolve paixões. E quando há paixão, falta razão.
A "Folha de S. Paulo" colocou o tema em pauta em "Tendências/Debates". Como é praxe, dois especialistas defenderam pontos de vista opostos. Vale a pena ler os artigos para, quem sabe, formar (ou reforçar) sua convicção a respeito do tema.
Para facilitar, reproduzo a seguir alguns dos principais trechos dos artigos, com os respectivos links para quem desejar ler na íntegra:
"(...) Tem-se confundido Estado laico com Estado ateu. Estado laico é aquele em que as instituições religiosas e políticas estão separadas, mas não é um Estado em que só quem não tem religião tem o direito de se manifestar. Não é um Estado em que qualquer manifestação religiosa deva ser combatida, para não ferir suscetibilidades de quem não acredita em Deus.
Há algum tempo, a Folha publicou pesquisa mostrando que a esmagadora maioria da população brasileira, mesmo daquela que não tem religião, diz acreditar em Deus, sendo muito pequeno o número dos que negam sua existência.
Na concepção dos que entendem que num Estado laico, sinônimo para eles de Estado ateu, só os que não acreditam no criador é que podem definir as regras de convivência, proibindo qualquer manifestação contrária ao seu ateísmo ou agnosticismo. Isso seria uma autêntica ditadura da minoria contra a vontade da esmagadora maioria da população."
Fonte: Ives Gandra da Silva Martins, "Estado laico não é Estado ateu", Folha de S. Paulo, Opinião, 26/11/12, p. 3.
"(...) Um pouco sobre o laicismo: ele deriva diretamente do princípio da liberdade religiosa: se todo brasileiro é livre para ter a religião que quiser (ou não ter religião nenhuma), então é errado que o governo, que representa e é sustentado pela totalidade dos cidadãos, eleja favoritos.
(...) Há ainda a objeção de que 'o Estado é laico, mas não ateu'. Sim, o Estado não é ateu! Só que ninguém exige que o real passe a dizer 'Deus não existe', mas apenas que o dinheiro pare de falar de Deus e ponto. Confunde-se neutralidade com oposição, o que é tolice ou má-fé."
Fonte: Carlos Orsi, "Analisando as principais críticas à proposta", Folha de S. Paulo, Opinião, 26/11/12, p. 3.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 12:00 | 0 comentários
A amizade (e as pontes que construímos)
Meu amigo
Amigo, hoje a minha inspiração
Se ligou em você
E em forma de samba
Mandou lhe dizer
Tão outro argumento
Qual nesse nomento
Me faz penetrar
Por toda nossa amizade
Esclarecendo a verdade
Sem medo de agir
Em nossa intimidade
Você vai me ouvir
Foi bem cedo na vida que eu procurei
Encontrar novos rumos num mundo melhor
Com você fique certo que jamais falhei
Pois ganhei muita força tornando maior
A amizade...
Nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade...
Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir
Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso
Valeu por você existir amigo
("A Amizade", de Djama Falcão, Bicudo e Cleber Augusto)
Após dois velórios em 15 dias, dois adeus (um deles a um colega de 32 anos), não me resta dúvida de que nós somos apenas e tão somente memória.
É isto, no fim, o que restará de nós, o que podemos deixar para os que ficam.
Memória do que construímos (ou deixamos de construir na vida), das pontes que ligamos, dos elos que estabelecemos, das relações de amor e afeto que cultivamos. Este é o nosso legado - não são casas, carros, contas bancárias polpudas, nada disso.
Apenas memória. Lembranças. É isto que busco construir a cada dia.
E você, que memórias está construindo em seu caminho?
PS: a música desta postagem marcou a despedida a um colega. Foi entoada pelos corações que ele cultivou durante a vida.
Marcadores: amizade, comportamento, morte, reflexão, vida
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 11:30 | 0 comentários
Frase
"Ao invés de encarar nossas diferenças e compreender que só assim podemos evoluir, tentamos agradar um ao outro."
Paulo Coelho, escritor, em texto do seu blog
Marcadores: frase, Paulo Coelho
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:00 | 0 comentários
"Meninos, eu vi": o gol antológico de Dener
No final dos anos
Marcadores: esporte, futebol, gol, Inter de Limeira, memória
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:16 | 1 comentários
Clube Erdinger "revival"
domingo, 25 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 16:56 | 0 comentários
A vida... (momento de reflexão)
Num domingo novamente cinzento, em que mais uma luzinha se apaga no ciclo da vida, vou reproduzir uma mensagem lida numa rede social. Acho que vale para todos como reflexão do que fazemos das nossas vidas:
"Às vezes a vida é tão curta... Nesse momento paramos e pensamos o porque trabalhar tanto, ficar longe da família e amigos, brigar, ficar de 'mal', para quê? Acho que é hora de parar e dar mais valor à vida."
Em tempo: o céu vai ficando mais iluminado - e a vida por aqui mais sem brilho.
Deus abençoe a todos!
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:30 | 0 comentários
Bastidores da reportagem: lições de jornalismo
Deixar a presidência da
entidade máxima do futebol no Brasil a dois anos da realização da Copa do Mundo
no país não estava nos planos de Ricardo Teixeira. O mandato do até então mais
poderoso cartola do esporte que é a paixão nacional só terminaria em 2015. Mas
sua saída acabou sendo antecipada graças ao trabalho jornalístico de uma equipe
de repórteres que ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo de 2012, anunciado
na semana passada.
Marcadores: jornalismo
sexta-feira, 23 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:24 | 0 comentários
Quer conhecer museus diferentes?
E que tal um museu sobre as guerras? Ele também existe e fica em Ottawa, a capital do Canadá. E também está retratado no blog Piscitas.
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:13 | 0 comentários
"Jornalismo, ética e segurança pública"
Na última segunda-feira, dia
Marcadores: ética, jornalismo, segurança
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:34 | 0 comentários
Frase
“É preciso ter a honestidade
intelectual para reconhecer que há um grande déficit de Justiça entre nós. Nem
todos os brasileiros são tratados com igual consideração.”
Joaquim Barbosa, presidente
do STF (Supremo Tribunal Federal), em discurso de posse ontem (22/11/12)
Marcadores: frase, Joaquim Barbosa, Justiça, STF
quarta-feira, 21 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 12:51 | 0 comentários
Direto do toca-CD (24)
(...) A gente pensa que escolhe
Se a gente não sabe inventa
A gente só não inventa a dor
A gente que enfrenta o mal
Quando a gente fica em frente ao mar
A gente se sente melhor
A abelha nasce e morre
E a cera que ela engendra
Acende a luz quando escorre
Da vela que me orienta
Apenas os automóveis
Centenas se movem e ventam
Certeza é o chão de um imóvel
Prefiro as pernas que me movimentam
("A letra A", de Nando Reis)
Marcadores: música, Nando Reis
terça-feira, 20 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:00 | 0 comentários
"Pousos e decolagens" (2)
A série com fotos que fiz durante minhas viagens retratando voos, pousos e decolagens traz agora a aproximação final no Aeroporto Internacional McCarran, em Las Vegas, estado de Nevada (EUA):
Já na pista do aeroporto, é possível ver dois dos mais renomados cassinos da cidade: o Luxor (em formato de pirâmide) e o Mandalay Bay:
Por fim, o avião igual ao que me levou até Las Vegas, da United Airlines:
Leia também:
- "Pousos e decolagens" (1)
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:00 | 0 comentários
Brasil se dá bem por sorte, diz economista
O recente sucesso econômico
brasileiro é uma grande obra do acaso. A afirmação é do economista Ricardo
Amorim. Formado pela USP (Universidade de São Paulo), com pós-graduação em
Paris (França), ele esteve em Limeira no último dia 12 para uma palestra. Ele abriu
sua fala enumerando as razões pelas quais o Brasil não poderia, em tese, dar
certo:
4) a carga tributária é elevada, somando R$ 1,3 trilhão hoje. Segundo ele, de 156 países emergentes, só em três se paga mais impostos do que no Brasil;
5) a burocracia é grande. “É que nem futebol. O Brasil não inventou nenhum dos dois, mas aperfeiçoou ambos”, comentou;
6) a corrupção é elevada, atingindo um valor estimado de R$ 100 bilhões.
A situação em alguns países da Europa beira o desespero. A Grécia está no sexto ano seguido de recessão - algo inédito no mundo desde 1940 (fora o período da guerra). No país, 58% dos jovens não têm emprego. Sem renda, sem emprego e sem crédito não há consumo. A saída para a Grécia é exportar, disse o economista, mas aí entra o problema do euro.
Marcadores: Brasil, economia, Ricardo Amorim
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 08:30 | 0 comentários
Mais um pouco da Filadélfia
Para fechar o álbum de fotos sobre a Filadélfia, primeira capital dos Estados Unidos, seguem as imagens de um dos recantos mais tranquilos e românticos da cidade, as margens do rio Delaware (que divide os estados da Pennsylvania e Nova Jersey). Em destaque, a famosa Benjamin Franklin Brigde:
Leia também:
- "Cidades aéreas" (2)
- A Filadélfia da minha infância
- Memórias da Filadélfia
- Os murais da Filadélfia
Marcadores: EUA, Filadélfia, rio, viagens
segunda-feira, 19 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 04:56 | 0 comentários
Frase
"O Judiciário é falho, claro, e tem de ser objeto de escrutínio. (...) Mas tentar imputar ao Supremo a pecha de tribunal de exceção é desrespeito institucional e, no limite, golpismo."
Igor Gielow, colunista da "Folha de S. Paulo", em coluna nesta segunda-feira (19/11/12)
Marcadores: frase, Igor Gielow, Judiciário, mensalão, STF
domingo, 18 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:00 | 0 comentários
"Da areia e da pedra"
Malba Tahan conta que dois amigos, Salim e Fahid, viajavam numa caravana para a Pérsia. Ao cruzarem um rio, Salim foi pego na correnteza, e teria morrido se o amigo não o ajudasse.
Agradecido, pediu que seus empregados gravassem numa rocha que ficava na margem do rio: “Aqui, Fahid salvou a vida de seu amigo”.
Quando voltavam da Pérsia, depois de atravessarem o mesmo rio, uma discussão tola fez com que os dois brigassem. Fahid puxou uma espada, e quase mata o amigo a quem havia salvo meses antes.
Depois que os ânimos serenaram, Salim chamou de novo seus empregados e pediu que escrevessem na areia: “Aqui, Fahid tentou matar seu amigo”.
“Quando o salvei, você gravou meu gesto numa rocha. Agora que quase o matei, você escreve na areia. Não vê que o vento logo apagará?”, perguntou Fahid.
“Esta é a sabedoria”, respondeu Salim. “Escrever as boas coisas na rocha, e as coisas negativas na areia”.
Fonte: blog do Paulo Coelho, postado em 18/11/12.
Marcadores: blog, comportamento, Paulo Coelho, reflexão