Esporte,
religião e política costumam mover paixões. Acirrá-las até. E quando a paixão
está em evidência, quem perde é a razão.
Só isto mesmo
para explicar as recentes manifestações de petistas e simpatizantes a respeito
do julgamento da ação penal 470 - o chamado “mensalão” - pelo STF (Supremo
Tribunal Federal).
Como já
virou praxe, o PT apontou o dedo para três elementos: “as elites”, “a imprensa”
e “a oposição”. Ignora, assim, como já registrado por Hélio Schwartsman em suas
“Fabulações sobre o mensalão”, que o caso só chegou até as recentes condenações
após a atuação da Polícia Federal, Procuradoria-Geral da República (dois órgãos
com comandos sob jurisdição petista) e do próprio STF com a maioria dos
ministros indicados por presidentes petistas.
Falar, pois,
em “golpe” contra a “honra” do governo Lula não passa do que Schwartsman bem
classificou de “fabulações”.
E pensar que
houve quem tenha insinuado, caso do ex-deputado federal Professor Luizinho, que
é um absurdo o STF condenar pessoas – como o ex-presidente petista José Genoino
– que lutaram pela redemocratização do país em plena ditadura. Ora, desde
quando o currículo de alguém serve de aval para cometer crimes?
Sobre isto,
porém, o próprio STF respondeu por meio da ministra Carmen Lúcia ao manifestar
que não estava em julgamento a biografia de ninguém.
Cumpre ainda
registrar que as condenações pelo Supremo no caso, via de regra, estão se dando
por esmagadora maioria.
Melhor seria
o PT admitir que errou, fazer um mea-culpa, “limpar” seus quadros e seguir
adiante.
Leia também:
- O desconforto da nação petista
Leia também:
- O desconforto da nação petista
0 comentários:
Postar um comentário