“Havia marcas típicas no meu rosto. Marcas típicas de quem há muito tempo não se alimentava de elogios. Meu rosto era rico em experiência e mais nada há muito tempo. (...) porque a vida nos aproxima exatamente do tipo de pessoa que mais nos incomoda, nos coloca justamente nas situações que mais nos incomodam e nada acontecia no Nebraska.
(...) A gente sente falta de alguém. Dói. A gente encontra alguém. Dói. Na mistura se dá. Dói. E não queremos mais ninguém. Não queremos mais nada. Vinagre branco. Raiva. Indiferença. Dói. Quando nada acontece ficamos nus e dói. Nada acontecia no Nebraska.”
Dodô Azevedo, “Fé na Estrada” (p. 137-8)
terça-feira, 9 de outubro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:34 |
A dor
Marcadores: Dodô Azevedo, literatura, reflexão
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