(...) Uma série de experimentos psicológicos revela que, sob as
condições certas, isto é, com a garantia de que não seremos apanhados e
qualquer coisa que se assemelhe a uma justificativa, a maioria de nós
trapaceia. Pior, acabamos acreditando, ainda que claudicantemente, nessa
justificativa. Se não fosse assim, seríamos incapazes de cultivar uma
autoimagem pelo menos aceitável.
Mais do que a homenagem que o vício presta à virtude, a
hipocrisia é a forma que o cérebro encontrou para lidar com as complexidades e
ambiguidades que povoam nossas vidas.
Fonte: Hélio Schwartsman, “Folha de S. Paulo”, Opinião, 18/4/14, p. 2 (íntegra aqui).
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