(...) O que este 7 de abril
me faz pensar é num desejo que, acredito, embora não tenha lido nos livros, o
menino Pedro deve ter alimentado. Não posso afirmar com certeza, mas minha
intuição diz que, naquele triste 7 de abril, Pedro de Alcântara formulou um plano
secreto. Apesar de que todos lhe diziam não mais haver esperanças de rever o
pai, imagino que o menino não tenha julgado impossível que, mais velho, pegaria
um navio rumo a Portugal, onde reencontraria a família. Ora, para as crianças,
nenhum sonho é impossível. Pode-se construir um trem-bala imaginário e chegar a
qualquer lugar, enquanto, simultaneamente, estuda-se, prepara-se para romper
futuras e reais fronteiras. Tanto é que D. Pedro II, adulto, viajou muito, foi
um verdadeiro diplomata.
Só que o tempo pode ser cruel. Seu pai, o Pedro I, viveu apenas até 1834, sem deixar tempo para concretizar a aventura do filho. Mas que filho não teria sonhado em rever seu pai? (...)
Só que o tempo pode ser cruel. Seu pai, o Pedro I, viveu apenas até 1834, sem deixar tempo para concretizar a aventura do filho. Mas que filho não teria sonhado em rever seu pai? (...)
Fonte: Érika de Moraes, postado no blog "Liquimix – Viagens e outros mixes" em 7/4/14 (íntegra aqui).
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