(...) Vive-se o paradoxo de ter que aprofundar assuntos para
quem tem cada vez menos tempo para ler jornal. A saída, com certeza, não é
picotar o noticiário e dar uma pincelada em uma miríade de temas.
O jornal precisa fazer uma curadoria dos fatos mais
relevantes, mostrar ao leitor o que ele não vê nos posts dos amigos no Facebook.
Agora que as notícias estão disponíveis como água na torneira, é questão de
sobrevivência preocupar-se com contexto, análise, densidade, sempre no sentido
de transformar o importante em interessante. Dar um salto de qualidade e de
criatividade para adaptar-se aos novos tempos é o maior desafio da “Folha” e
dos impressos em geral. (...)
Fonte: Suzana Singer, “#fui”, Folha de S. Paulo, Ombudsman, 27/4/14.
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