(...) Fiquei pensando que faço parte de uma geração de
transição: nasci analógica, cresci elétrica e amadureci eletrônica. Mas isso é
bobagem. Minha geração ensinou os pais a programar videocassete e a usar
controle remoto antes de ensinar a usar o computador e o e-mail. E a geração
dos meus pais deve ter ensinado a geração dos meus avós a fazer outras coisas.
Pensando bem, todas as gerações são de transição.
Exceto a última, a derradeira, a que estiver por aqui quando
o mundo acabar. Um dia, quando a humanidade acabar, esse mundo tecnológico não
vai mais ter importância nenhuma. Tanto esforço para nada. Tanta informação
para nada. Puf. Baubau. Acabou. (...)
Fonte: Marion Strecker, “Transição”, Folha de S. Paulo, Tec,
31/3/14.
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