Você, por acaso, tem receio de voar? Com toda a tecnologia
existente hoje, ainda não se sente confortável dentro de um avião?
Tente, então, fazer um exercício: volte no tempo quatro décadas, mais
precisamente a julho de 1969. Imagine a tecnologia existente na época e
embarque numa aventura inédita e desconhecida rumo à... Lua.
Isto mesmo!
Tal como os portugueses se lançaram ao mar (igualmente
desconhecido e misterioso) no século 15, dando início às grandes navegações e
alterando definitivamente o rumo da história da humanidade ao “descobrirem” o Novo
Mundo, navegadores do século 20 - chamados astronautas - deram em 1969 “um
pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade”.
Pela primeira vez um homem pisava em solo lunar. Era a missão Apollo 11, da Nasa (a agência espacial dos Estados Unidos). O feito inédito coube a Neil Armstrong e Edwin “Buzz” Aldrin (o terceiro tripulante da missão, Michael Collins, permaneceu todo o tempo no módulo de comando Columbia).
Pela primeira vez um homem pisava em solo lunar. Era a missão Apollo 11, da Nasa (a agência espacial dos Estados Unidos). O feito inédito coube a Neil Armstrong e Edwin “Buzz” Aldrin (o terceiro tripulante da missão, Michael Collins, permaneceu todo o tempo no módulo de comando Columbia).
Estou relembrando este episódio porque, dia desses, assisti
num canal a cabo a um
documentário sobre o surgimento e o desenvolvimento da aviação, desde os
experimentos dos irmãos Wright em Dayton, no estado de Ohio, em 1903, até os dias
atuais.
Ao tratar do desenvolvimento da aviação, o documentário abordou a ida à Lua. Isto porque
muito da tecnologia usada hoje em dia e considerada essencial para a aviação comercial tem origem naquele arriscado voo de 1969 da
Apollo 11.
Foi dali que surgiram, por exemplo, os primórdios de um sistema em voga
atualmente nos aviões, chamado “fly-by-wire”.
De acordo com o documentário, muita gente ignora o fato de
que a missão rumo à Lula quase foi abortada minutos antes de ser completada. É
que o módulo lunar Eagle se deslocou além da área prevista para o pouso (coisa
de seis quilômetros), colocando a operação em risco.
Havia pouco combustível, mas Armstrong tomou a decisão de
seguir adiante. Para isso, em linguagem popular, “dirigiu” manualmente o módulo
até o solo. Foram as informações dadas pelo moderno e inovador (para a
época) sistema de navegação por computador que permitiram ao astronauta tomar a
decisão – que, tal como nas grandes navegações, mudou a história da
humanidade (o fato está contado em detalhes no Wikipedia).
Não descobrimos “novos mundos” (embora tenhamos chegado ao
inabitável satélite da Terra), mas muitos dos avanços que tornaram a missão
possível fazem parte do nosso cotidiano até hoje.
Enquanto assistia ao documentário, lembrei das visitas que
fiz ao museu da aviação em Washington D.C ., a capital dos EUA – a
última delas em abril de 2012.
Oficialmente denominado National Air and Space Museum (NASM),
o local não só conta a história da ida do homem à Lua como permite que os
visitantes toquem numa lasca de pedra lunar (experiência considerada a mais
interessante de toda a viagem pelo amigo jornalista Carlos Giannoni de Araujo,
que me acompanhou) e vejam objetos usados naquela revolucionária missão –
incluindo o Columbia.
Roupas de astronautas, módulos para a reentrada na Terra (devidamente chamuscados pelo contato com a atmosfera, quando
costumam se incendiar), a “vida” no interior de um foguete, o cenário do pouso
na Lua e o vídeo que registrou o histórico momento, entre tantas outras
curiosidades da aviação e da ciência estão lá à disposição dos visitantes.
O NASM é um verdadeiro deleite para os aficcionados por
aviões. Vale a visita até para quem é apenas curioso, o que inclui praticamente
todos os seres humanos. O museu fica no National Mall, bem perto do Capitólio
(a sede do Congresso dos EUA) e a entrada é grátis.
* As fotos são minhas e dos amigos Cristiano Persona e Carlos Giannoni de Araujo
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