Segue a série de revelações
diárias sobre os desvios de conduta do favorito à presidência do Senado, Renan
Calheiros, seguido de perto na série pelo candidato à presidência da Câmara,
Henrique Eduardo Alves. Mas não é nas obras incompletas desses dois líderes
políticos que se encontra o motivo mais forte de espanto e indignação. É no seu
oposto. É nas outrora chamadas "pessoas de bem", hoje sem uma
expressão que as designe.
Onde
estão as "pessoas de bem" dotadas de poderes para reagir à esperada
entrega do Poder Legislativo do país ao aviltamento escancarado? Onde estão a
OAB nacional e suas seções regionais, que não movem sua autoridade histórica e
seu patrimônio de conhecimento para ativar e liderar a defesa da sociedade
civil? Acomodar-se no imobilismo e no silêncio permissivos é associar-se ao que
merece reação. Os intelectuais, os artistas, os estudantes, onde pararam?
Fonte: Janio de Freitas, “Aplausos, que eles merecem”, Folha de
S. Paulo, Poder, 24/1/13.
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