A seleção da Alemanha que humilhou o Brasil por 7 a 1 nasceu
de um vexame - a derrota por 2 a 0 para a seleção brasileira no final da Copa
da Coreia e do Japão, em 2002. Após o resultado, a Alemanha decidiu que seu
futebol chegara a um ponto de esgotamento que precisaria se reinventar. Se a
seleção quiser tirar alguma lição do massacre que sofreu no Mineirão, é melhor
estudar o que os germânicos fizeram nesses 12 anos.
O plano alemão partiu de um tripé: formação de jogadores,
intolerância com a corrupção e a busca por mais torcedores. (...)
Fonte: Mario Cesar Carvalho, "Lições do massacre", Folha de S.
Paulo, Opinião, 10/7/14.
(...) A questão a ser analisada é qual a relação entre clubes
fortes e seleções fortes. O Brasil tem clubes pobres há alguns anos, mas nem
por isso deixou de ser campeão mundial em 1994 e 2002. Se fracassou este ano,
não foi pela debilidade de seus clubes, refletida no fato de que apenas 4% dos
jogadores que disputaram as semifinais atuam no Brasileirão (contra 23%,
lembra-se?, que jogam na Bundesliga).
(...) O fato é que, se quiser pensar em termos de espetáculo
e de negócios - os dois pilares do futebol -, o Brasileirão não pode continuar
sendo piada em vez de campeonato.
Fonte: Clóvis Rossi, "Alemanha ganha também em casa", Folha
de S. Paulo, Mundo, 10/7/14.
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