Os bastidores da eleição para
o comando da Câmara Federal (Henrique Alves, do PMDB-RN, favoritíssimo) e do
Senado (Renan Calheiros, do PMDB-AL, favoritíssimo) são apenas um lembrete de
que o recente julgamento do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) não
significou uma mudança definitiva nas práticas pouco republicanas da política
nacional. Pode ter sido, no máximo, um primeiro passo. Importante, mas ainda
assim um primeiro passo.
Alves está envolto numa denúncia que, se encontra respaldo na lei, esbarra na moralidade e dá o tom
de como funciona o Congresso. O experiente deputado – o mais antigo da Casa em
tempo de mandato – consegue verbas para emendas de sua autoria. O dinheiro é
repassado a prefeituras, que contratam para prestação do serviço e/ou obra
prevista na emenda uma empresa que pertence justamente a um assessor do
deputado.
No caso de Calheiros, é
desnecessário lembrar o episódio que levou à renúncia dele à presidência do
mesmo Senado anos atrás após denúncias de corrupção (na época, ele admitiu ter
cometido “apenas” caixa dois). Basta uma procura na Internet para se informar
melhor a respeito.
São estas duas pessoas - com
apoio da base aliada do governo e, meio que a contragosto, da presidente Dilma
Rousseff (PT), refém das práticas brasilienses, e também da oposição – que
devem comandar o Legislativo brasileiro a partir de fevereiro.
O Brasil realmente está
mudando? Em que ritmo, afinal?
A sociedade precisa ficar de
olho!
PS: em Limeira, recentes nomeações no governo Paulo Hadich (PSB) sinalizam que os critérios técnicos nem sempre predominam, por mais que o então candidato e hoje prefeito tenha repudiado certos acertos políticos durante a campanha eleitoral de 2012.
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