Grandes cidades não são grandes apenas por suas histórias. Elas
também são vanguarda, ainda que carreguem séculos de tradições. Ditam moda e dão
exemplo. Tome-se o caso das áreas verdes.
Da maior de todas as áreas, o Central Park, aos menores
recantos, passando pela agitada Washington Square, os nova-iorquinos sabem desfrutar
do espaço coletivo.
No Brasil, as cidades e os cidadãos (aqueles que, afinal,
dão vida a um lugar) ainda carecem de uma conscientização maior do chamado
espaço público. Como exemplo as frequentes depredações em praças e jardins país
afora.
Os governos em geral também pouco contribuem para mudar esta
realidade. É comum encontrar espaços abandonados, sem manutenção, com mato alto
e sujeira – um atrativo para vândalos e afins. Também faltam segurança e outros
atrativos, como atividades gratuitas para atrair o cidadão de bem para as áreas
de convivência.
Também falta iniciativa. Em Limeira, por exemplo, esta
pequena área que abriga um reservatório de água na região do chamado Centro
Acima poderia muito bem servir como uma pracinha, mas está fechada com
alambrado e fios cortantes.
Em que pese estar hoje sob controle privado – da empresa que opera, sob concessão, o serviço de água na cidade -, o local ficaria melhor aberto à comunidade. Como, aliás, a pracinha existente bem em frente, que registra baixa frequência de público.
A equação fica assim, então: falta cuidado por parte do poder público, falta hábito por parte da comunidade.
É possível, porém, construir uma outra realidade. Basta querer – e para isso é preciso dar o primeiro passo.
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