quarta-feira, 9 de janeiro de 2013 | |

Flanando por aí...

Na última segunda-feira (7/1), após uma longa sessão de faxina no guarda-roupa, fui fazer uma caminhada pela cidade, na região do Centro Acima. Ao sair, assumi a vestimenta de um turista – ou seja, flanei como faço quando viajo.

É incrível como, numa caminhada tranquila e descompromissada, passamos a ver a cidade de um outro jeito, sob um novo olhar. É interessante descobrir imagens que nunca vimos, embora elas sempre tenham estado onde estão; é interessante ouvir sons que nunca ouvimos, embora eles sempre tenham se manifestado.

Somente flanando é possível envolver-se com a cidade, com sua arquitetura, suas qualidades e defeitos, sua gente, suas estruturas, seu movimento, seu silêncio...

Apenas quando abrimos mão da pressa e das preocupações do cotidiano conseguimos abrir o espírito para receber novas informações sensoriais. Do canto dos pássaros num final de tarde às imagens que mostram a presença humana na cidade – interferindo positiva (como nos lustres na calçada, que dão ao trecho um ar parisiense) ou negativamente (como no vandalismo no telefone público).


  
Para o bem ou para o mal, a cidade é isto: o resultado das intervenções humanas.

Quer uma dica? Passeie por aí, de modo errante. Você descobrirá tesouros bem perto de você. É só estar disposto a enxergá-los e ouvi-los.




Pois é, nem a parece a Limeira que conhecemos...

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