Na última segunda-feira (7/1),
após uma longa sessão de faxina no guarda-roupa, fui fazer uma caminhada pela cidade,
na região do Centro Acima. Ao sair, assumi a vestimenta de um turista – ou seja,
flanei como faço quando viajo.
É incrível como, numa
caminhada tranquila e descompromissada, passamos a ver a cidade de um outro
jeito, sob um novo olhar. É interessante descobrir imagens que nunca vimos,
embora elas sempre tenham estado onde estão; é interessante ouvir sons que
nunca ouvimos, embora eles sempre tenham se manifestado.
Somente flanando é possível
envolver-se com a cidade, com sua arquitetura, suas qualidades e defeitos, sua
gente, suas estruturas, seu movimento, seu silêncio...
Apenas quando abrimos mão da
pressa e das preocupações do cotidiano conseguimos abrir o espírito para
receber novas informações sensoriais. Do canto dos pássaros num final de tarde às
imagens que mostram a presença humana na cidade – interferindo positiva (como
nos lustres na calçada, que dão ao trecho um ar parisiense) ou negativamente
(como no vandalismo no telefone público).
Para o bem ou para o mal, a cidade
é isto: o resultado das intervenções humanas.
Quer uma dica? Passeie por aí,
de modo errante. Você descobrirá tesouros bem perto de você. É só estar
disposto a enxergá-los e ouvi-los.
Pois é, nem a parece a Limeira que conhecemos...
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