Com o tempo, tendemos a absorver os fatos negativos da vida. Isto é mais evidente nesta época em que a capacidade de indignação das pessoas é cada vez mais rara. Por isso, escrevo para que a data de hoje - 11 de setembro - não seja esquecida.
Para lembrar a data na qual a vida de milhares de pessoas foi perdida em razão da insanidade e intolerância de alguns, reproduzo imagens captadas em abril deste ano no Memorial de 11/9 em Manhattan, Nova York, Estados Unidos.
Exatamente no local onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center, hoje existem duas grandes fontes. A água - um símbolo da vida - jorra ininterruptamente, uma homenagem a todas as pessoas que morreram nos ataques terroristas de 2001.
Quando lá estive, o museu do 11 de Setembro ainda não estava aberto.
Confesso que o lugar causou-me uma sensação estranha. Ao mesmo tempo que o memorial representa um símbolo de resistência (inclusive pela construção logo ao lado da Freedom Tower, a "Torre da Liberdade", que vai substituir o WTC na paisagem nova-iorquina), é impossível ignorar que ali é um terreno de morte.
Um silêncio obsequioso tomou conta de mim, principalmente por ver ali os nomes de todas as pessoas que morreram quando os aviões se chocaram contra as torres gêmeas. Um silêncio estranho, daqueles que atingem a profundeza da alma.
Leia também:
- Os azulejos de Setembro
- Uma ferida em solo americano
- 11/9 - Uma homenagem
- "U.S.A.! U.S.A.!" (?)
0 comentários:
Postar um comentário