Fatos recentes me fizeram pensar, mais uma vez, na
efemeridade da vida (desde que ouvi a expressão, de um colega de trabalho,
nunca mais ousei usar outra para caracterizar nossa passagem pela terra –
efêmera).
Quando penso nesta questão, além de uma dose de melancolia,
fico pensando nos legados. O que deixaremos? Quais sementes plantamos? Uma
árvore, um livro, um filho? Lições de paz? O que cultivamos?
Também penso, inutilmente, se haverá alguém para defender o
legado que deixaremos. Sempre que vou a um sepultamento, vejo quão breve é a
vida e a lembrança. Passados aqueles difíceis momentos, cada um retoma sua
rotina – porque assim a vida exige – e a pessoa que ali ficou, o corpo que ali
ficou, passou a ser só uma vaga lembrança.
Quantos terão efetivamente o sentimento de saudade? Você já
parou para pensar quanta falta algumas pessoas nos fazem, no dia-a-dia?
Pensar em todas estas questões me reforça o desejo de estar
bem e em paz com as pessoas que me cercam.
Pensar nestas questões me reforça a vontade de estar mais e
mais com as pessoas a quem quero bem – algumas delas, infelizmente,
distanciam-se.
Quantas vezes deixamos de dizer palavras bonitas,
acolhedoras, elogiosas, às pessoas que nos são importantes? Você já pensou
nisso? Você já disse que ama seus pais, seus amigos, já disse como eles são
bons, quantas vezes reconheceu as qualidades das pessoas que o cercam?
Ainda há tempo de fazer isso. Só não deixe para amanhã, não
adie de novo. Afinal, queiramos ou não, a vida é efêmera. E esta é uma lei inexorável.
PS: na semana passada, manifestei a dois amigos que tenho
saudade de conversar com eles. Um está próximo (embora se faça distante); outro
está mais distante (e compreendo isso) – o que não me impede de ter saudade.
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