“Time is money”. Por isso, lentidão é quase proibida nos
Estados Unidos. No país das redes “fast-food”, ser “fast” é uma imposição. Nas
lanchonetes, restaurantes e lojas, o atendimento costuma ser tão rápido que às
vezes mal dá tempo de oferecer as moedas como pagamento para evitar um troco
“quebrado”.
Você, cliente, tenta dizer: “talvez eu tenha 34
centavos...”. E quando vê o caixa já registrou o valor e o troco “quebrado”.
Porque um outro cliente tem que ser atendido, a fila tem literalmente que
andar, o dinheiro precisa girar, o estabelecimento faturar, a economia crescer
e o capitalismo vencer.
Às vezes, a pressa provoca cenas engraçadas. No Aeroporto Ronald
Reagan, em
Washington D.C ., enquanto aguardava o embarque, comecei a
reparar na fila do quiosque de café. No caixa, uma mulher rechonchuda, braços
gordos e longos, andar difícil e desajeitado, repetia exaustivamente as mesmas
três palavras, tal qual o refrão de uma música: “Next in line”.
E ai se o próximo cliente não surgisse na frente da mulher
em três segundos. Vinha um novo “Next in line”, agora mais impaciente.
Carregando os óculos na ponta do nariz, com seus cabelos
grisalhos presos por uma tiara, a atendente se debruçava sobre o balcão, esparramando-se,
e rapidamente registrava o valor dos produtos, anunciava o total e empurrava tudo
de volta para o cliente. Garrafas, pães, salgados, café.
Ah, o café. Sempre que alguém pedia algo que exigia
preparação, lá ia a mulher arrastando-se pelo pequeno espaço entre o balcão e
as máquinas que preparam cafés, achocolatados, empunhando o mal-humor porque,
por um breve período, teria que deixar a fila parada. E fila parada é sinônimo
de prejuízo.
Então, se você ainda precisa pagar sua compra, preste
atenção: quando ouvir “Next in line!”, apresse-se. Afinal, “time is money”.
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