Em praticamente dois meses, o
dólar passou de R$
Não sei onde o mundo vai
parar – ou melhor, a economia (e ela é determinando para o resto). Paul Krugman
previu em seu blog no site do “The New York Times” o colapso do euro. Para
breve, questão de meses. O roteiro: a Grécia abandona o euro; Espanha, Itália,
Portugal e Irlanda quebram; a Alemanha se vê num impasse. A União Europeia
corre riscos.
Nos EUA, a situação também
não é cômoda. Segundo Krugman, mais da metade da população norte-americana vive
em estados com um nível de desemprego de pelo menos 8%. Só 8% dos
norte-americanos moram em estados com desemprego inferior a 6%.
A questão que se coloca na
Europa é, de acordo com o “El País” desta terça-feira: como resolver o impasse
entre corte de gastos e crescimento econômico. Aparentemente, fazer as duas
coisas parece impossível. Este será o tema principal de um encontro informal do
Grupo dos 27, no final de junho.
O impasse ganhou um novo – e
poderoso – ingrediente com a eleição do esquerdista François Hollande na
França. Ele quer uma alternativa ao arrocho proposto (e acordado meses antes
pelos líderes dos países da zona do euro, França incluída) em detrimento do
crescimento econômico e da geração de empregos.
Na Espanha, um dos países que
mais sentem a crise, a saída encontrada pelo governo de Mariano Raroy é
conhecida: elevar impostos e reduzir gastos na primeira metade do mandato. As
metas propostas por ele levariam a economia da Espanha ao mesmo nível da dos
países do leste europeu. Em quatro anos, o nível de investimentos/gastos
públicos cairia dos atuais 43,6% do PIB (Produto Interno Bruto) para 37,7%,
informa “El País”.
A política de austeridade
fiscal está sendo questionada por um motivo básico: seus resultados “escassos”,
nas palavras do principal diário espanhol. Como contraponto, porém,
apresenta-se a Alemanha: exemplo máximo da tal política, o país exibe os
melhores números da economia em toda a União Europeia.
Li hoje que muito em breve,
questão de anos, o PIB mundial será comandado pelos ditos emergentes
(notadamente os Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Ontem, a presidente Dilma
Rousseff manifestou num evento que o Brasil está “300% preparado” para
enfrentar a crise. O governo brasileiro, ao contrário da austeridade pregada
pela Europa, tem optado desde 2008 por elevar os gastos públicos como forma de
impulsionar o consumo. Dilma acaba de reduzir a zero as alíquotas do IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros populares. A medida faz
parte de um pacote que totaliza R$ 2,7 bilhões entre isenções e oferta de
crédito.
Como disse, não sei para onde
o mundo caminha, não sou especialista no assunto, pouco entendo de economia.
Leio e tento compreender o contexto atual. Só sei que a situação da Europa me
parece sombria. O futuro é incerto. Teme-se um quadro de convulsão social – por
lá, os protestos são comuns.
Será o apocalipse neste sombrio 2012?
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