quinta-feira, 3 de maio de 2012 | |

Viajar é preciso

A inquietude move o mundo. Desde sempre.

Quando viajamos, principalmente para um outro país, com cultura diferente da nossa, ampliamos nossa visão de mundo, nossa compreensão da humanidade. Vemos outros costumes, outra língua, outro clima, outros alimentos, tudo enfim.

Naturalmente, analisamos as descobertas tendo nossa cultura como referência – e isto limita um pouco a visão e a compreensão do que encontramos. Neste sentido, é preciso tentar despir-se dos nossos pré-conceitos.

Independentemente de carregarmos nossas referências (o que é inevitável), uma viagem sempre nos transforma. No meu mais recente giro pelo exterior, confirmei a sensação na qual sempre acreditei: viajar abre fronteiras na mente, amplia horizontes na vida.

Difícil depois é voltar – e não se trata de subestimar o que é nosso (nosso país, nossa cidade, nosso bairro, nosso “mundinho”). Sou patriota e até um tanto ufanista. Não posso negar, porém, que tenho alma de aventureiro, de desbravador. De sonhador, em última instância. E, neste sentido, viajar e voltar é sempre um problema.

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Nos museus que visitei, observei com mais atenção um fato óbvio: como é vasta a cultura humana! Em todos os continentes, costumes tão diversos e, ao mesmo tempo, tão semelhantes. Parece paradoxal – e é.

Desde os primórdios, o homem cria rituais e instrumentos (roupas, deuses, cânticos, objetos) para interagir com os demais do seu grupo, de outros grupos (seja por meio da guerra ou da paz) e com algo além. É a isto que se resume o que chamamos de cultura.

Vestígios destas manifestações estão hoje nos museus mundo afora. São os vestígios da aventura humana na Terra.

No fim, somos todos um.

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