quinta-feira, 10 de maio de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:51 |
O vaso raro
Quando fotografei este vaso no Metropolitan Museum, em Nova York (EUA), confesso que sequer imaginava que ele poderia representar o atual momento que vivo.
Minha intenção com a foto na ocasião era simplesmente fazer uma brincadeira com um vaso quebrado, algo do tipo: "Que tal juntar os cacos?"
Pois bem: hoje, olhando para o dito vaso, fico pensando em coisas importantes, de valor, que se quebram.
(PS: quando me refiro a valor não falo de algo monetário, até porque as coisas mais importantes da vida não se medem nem se pagam com dinheiro.)
Tal qual o vaso, algumas coisas importantes se quebram facilmente. O que resta, depois, é o que o vaso revela: juntar os cacos. Para isso, duas condições são necessárias: 1) disposição para juntá-los (ou seja, vontade); 2) possibilidade de juntá-los (será que os cacos ainda estão por aí?).
Infelizmente, seja por falta de vontade de alguém ou mesmo pela impossibilidade, juntar os cacos e reconstruir o vaso nem sempre é possível.
E, ainda que seja possível, o vaso da foto não deixa dúvidas: uma vez quebrado, nunca mais voltará a ser o mesmo vaso.
Na vida também é assim: às vezes temos algo de muito valor, como um vaso raro, e permitimos que ele se quebre. E uma vez quebrado...
Em tempo: para ter disposição para juntar os cacos é preciso reconhecer que o vaso tinha algum valor. Porque se não tinha valor, basta jogar os cacos no lixo.
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