sexta-feira, 10 de junho de 2011 | |

"Redes sociais invadem redações brasileiras"

Da busca de informação ao contato com as fontes, o impacto das redes sociais na rotina dos jornalistas brasileiros é cada vez maior. É o que concluiu a pesquisa da Oriella PR Network 2011, divulgada no Brasil na última quinta-feira, 2 de junho, pela Vianews Comunicação Integrada.

O documento aponta que quase 80% dos profissionais do país recorrem às redes sociais para entrar em contato com fontes e que 83,3% afirmam usar assuntos nascidos nesses serviços para pautarem seus veículos, seguindo o resultado do levantamento internacional.

De acordo com a pesquisadora Ana Brambilla, organizadora do e-book “Para entender as mídias sociais”, o resultado evidencia uma mudança de comportamento entre os profissionais. “Os jornalistas já admitem que buscam informações primárias nas mídias sociais, demonstrando que o preconceito contra a qualidade e a veracidade dos dados circulantes nesses ambientes está diminuindo”, afirma, em entrevista ao Centro Knight.


De fato, quando estão em busca de informações, os profissionais usam mais redes sociais que assessorias de imprensa. Segundo a pesquisa, o twitter é o meio preferido como fonte para 66,67% dos entrevistados brasileiros, seguido pelo Facebook com 58,33% e pelos blogs, com 57,14%. As assessorias de imprensa aparecem atrás com 50%.

Já para a checagem das matérias, as assessorias de imprensa continuam a ocupar a dianteira, sendo usadas por 61% dos participantes. Para Brambilla, no entanto, a mediação entre fontes oficiais e público deixou de depender de jornalistas. “Quando temos órgãos públicos, pessoas públicas manifestando-se em perfis oficiais e o usuário tem acesso direto a essas manifestações, o papel do veículo de imprensa deve ser revisto, já que levar a informação até as pessoas se tornou algo superado por elas mesmas”, avalia.

Outro resultado importante endossa o otimismo em relação aos veículos eletrônicos. Em 2010, 41,7% das respostas diziam que os formatos tradicionais impresso e broadcast geravam maior audiência. Este ano, o índice caiu para 34,52% empatando com o formato online, agora também com 34,52%.

Foram ouvidos 84 jornalistas brasileiros em 2011. A pesquisa está disponível para download em PDF.

Fonte: Natalia Mazotte, do Blog Jornalismo nas Américas.

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