Na última terça-feira, participei de mais um encontro da Promotoria Comunitária, projeto desenvolvido pelo Ministério Público em parceria com o Isca Faculdades, de Limeira. Uma iniciativa louvável e democrática, de exercício da cidadania e estímulo à participação popular.
Além das tratativas de praxe, o encontro contou com a presença do promotor Alexandre Rocha de Moraes. Na ocasião, ele proferiu uma interessante palestra sobre o papel do MP e a sociedade. Foi uma verdadeira aula, com lições de vida e de cidadania. A seguir, alguns trechos da palestra:
- “Não existe MP sem legitimação social. (...) Não somos (os promotores) melhores que ninguém, apenas a nossa causa é a melhor, que é a causa da sociedade.”
- “Mediocridade é a capacidade de não ter ideais.”
- “Quanto mais elevada a moral de um povo, menos eu preciso de Direito para dizer o que é certo ou errado”. Citou a escritora Lya Luft, que em “Pensar é transgredir” sentenciou: “Decretaram que pessoas com mais de sessenta anos merecem alguns benefícios. Há mais tempo decretaram que negro era gente. Há menos tempo que isso decretaram que mulher também era gente, pois podia votar. Mas voltando aos com mais de sessenta: decretaram coisas que deveriam ser naturais numa sociedade razoável. Não as vejo como benefícios mas como condições mínimas de dignidade e respeito. Benefício tem jeito de concessão, caridade.”
- Citou também o historiador Capistrano de Abreu, para quem a Constituição deveria ter somente dois artigos: “artigo 1° - Todo homem deve ter caráter e artigo 2° - Revogam-se as disposições em contrário”.
- “Mediocridade é a capacidade de não ter ideais.”
- “Quanto mais elevada a moral de um povo, menos eu preciso de Direito para dizer o que é certo ou errado”. Citou a escritora Lya Luft, que em “Pensar é transgredir” sentenciou: “Decretaram que pessoas com mais de sessenta anos merecem alguns benefícios. Há mais tempo decretaram que negro era gente. Há menos tempo que isso decretaram que mulher também era gente, pois podia votar. Mas voltando aos com mais de sessenta: decretaram coisas que deveriam ser naturais numa sociedade razoável. Não as vejo como benefícios mas como condições mínimas de dignidade e respeito. Benefício tem jeito de concessão, caridade.”
- Citou também o historiador Capistrano de Abreu, para quem a Constituição deveria ter somente dois artigos: “artigo 1° - Todo homem deve ter caráter e artigo 2° - Revogam-se as disposições em contrário”.
- “Direito é uma forma de controle social. Antes dele há outros instrumentos, como a família.”
(aqui vai uma observação minha baseada nas falas de Moraes: a transição mais importante que nossa sociedade atual enfrenta talvez seja a da família e, consequentemente, do nosso modo de vida.)
- “É preciso entender o momento que a gente está vivendo. Antes, o vizinho era uma extensão da família, do parentesco. Hoje, as pessoas se comunicam com todo mundo, mas experimente mandar um “scrap” quando estiver se afogando (e veja se alguém vai aparecer para ajudar). A gente se comunica com um milhão de amigos, mas nunca fomos tão solitários. Vivemos uma pseudoamizade. (...) A gente radicalizou demais e a família vivencia essa crise. (...) A tecnologia veio nos facilitar a vida e a gente não tem tempo para nada. (...) Quando nossos pais nos repreendiam por ofender, estavam ensinando que não se deve praticar injúria. Quando nos repreendiam por brigar com um irmão, estavam ensinando que não se deve praticar lesão corporal. (...) Antes a escola era complemento da educação pela família. Hoje é a (fonte da) educação. A gente acha que o processo de socialização não é mais dentro de casa. (...) Isso se reflete na religião. Nunca houve tanta migração de fé porque perdemos as referências. É padre molestando, pastor lavando dinheiro, centro de umbanda dando golpe.”
- (A prática da cidadania implica em) “Gente inconformada, irresignada. (...) Mídia e MP acalentam a indignação. Só sou livre de verdade quando eu tenho informação. Ignorância é sinônimo de felicidade.”
- “É preciso entender o momento que a gente está vivendo. Antes, o vizinho era uma extensão da família, do parentesco. Hoje, as pessoas se comunicam com todo mundo, mas experimente mandar um “scrap” quando estiver se afogando (e veja se alguém vai aparecer para ajudar). A gente se comunica com um milhão de amigos, mas nunca fomos tão solitários. Vivemos uma pseudoamizade. (...) A gente radicalizou demais e a família vivencia essa crise. (...) A tecnologia veio nos facilitar a vida e a gente não tem tempo para nada. (...) Quando nossos pais nos repreendiam por ofender, estavam ensinando que não se deve praticar injúria. Quando nos repreendiam por brigar com um irmão, estavam ensinando que não se deve praticar lesão corporal. (...) Antes a escola era complemento da educação pela família. Hoje é a (fonte da) educação. A gente acha que o processo de socialização não é mais dentro de casa. (...) Isso se reflete na religião. Nunca houve tanta migração de fé porque perdemos as referências. É padre molestando, pastor lavando dinheiro, centro de umbanda dando golpe.”
- (A prática da cidadania implica em) “Gente inconformada, irresignada. (...) Mídia e MP acalentam a indignação. Só sou livre de verdade quando eu tenho informação. Ignorância é sinônimo de felicidade.”
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