Um amigo me apresentou ontem uma teoria sobre relações humanas com a qual concordo. Ela é simples e tem os seguintes pressupostos:
1) todo ser humano tem suas aflições, dúvidas, tristezas;
2) todo ser humano precisa ter alguém com quem compartilhar estas aflições, dúvidas, tristezas;
3) a essa pessoa com quem o ser humano pode compartilhar suas aflições, etc, damos o nome de amigo (e esta é uma condição essencial para ser amigo).
Logo, como o primeiro e o segundo pressupostos são indissociáveis da natureza humana, resta o terceiro. Portanto,
a) se o ser humano não tem alguém com quem compartilhar suas aflições, etc, tende a ser angustiado e infeliz;
b) se o ser humano simplesmente não compartilha suas aflições, etc, é porque não confia (sendo assim, a conclusão restante da letra “a” também vale aqui);
Ninguém é autossuficiente, seguro e feliz todo o tempo. Sendo assim, não tem jeito: a amizade EXIGE confiança para compartilhar as aflições, dúvidas, tristezas. Se você, como amigo, hesita em compartilhar isso, reveja seu conceito de amizade. Se você, como amigo, não participa do compartilhamento do outro (a) porque este (a) não permite, reveja sua amizade.
Fora isso, todo o resto são colegas: de trabalho, de baladas, de futebol, de cervejadas, de jogatinas, de putarias, seja lá o que for. Só não são amigos. Amigos compartilham suas aflições, dúvidas, tristezas. SEMPRE.
Em tempo: este mesmo amigo (e ele cumpre os pressupostos acima) tem uma outra teoria sobre relações humanas, mas com esta eu concordo parcialmente. Ei-la: não existe amizade entre homem e mulher; existe interesse. Sexual.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:39 |
Relações humanas
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1 comentários:
Ah... existe sim... eu tenho. :)
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