Como era de se esperar, o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, fez um discurso "daqueles". Restaurou os valores da América, abriu o país ao mundo, pregou tolerância, união e trabalho. Obviamente, não faltou patriotismo (o já conhecido patriotismo norte-americano, o do "somos os maiores"), mas isto é detalhe neste momento.
Obama falou que não se deve medir a prosperidade dos EUA pelo Produto Interno Bruto (PIB) e sim por sua conhecida característica de criar oportunidades a todos aqueles que queiram. Não se cria prosperidade ajudando os prósperos; foi assim que pregou apoio aos países pobres. Ele lembrou que os EUA são um país multifacetado, formado por imigrantes, e que estes devem formar uma só nação, não pequenos grupos dentro de uma nação.
O novo presidente reconheceu o tamanho da crise e disse que os EUA não fugirão à luta. De cara, recolocou o Estado no lugar devido ao manifestar que não se pode deixar o mercado sem um olho fiscalizador. Disse que vai entregar o Iraque aos iraquianos. Aos muçulmanos, pregou respeito mútuo. Falou, naturalmente, de racismo - sem rancor - ao citar que há 60 anos seu pai não podia entrar num restaurante local e hoje ele estava sendo empossado presidente do país.
Diplomaticamente, Obama agradeceu a George Walker Bush - o agora ex-presidente - pela generosidade na transição e pelos esforços feitos pela nação, mas não deixou de criticar as escolhas erradas. Defendeu o estilo de vida norte-americano, mas salientou que os países ricos não podem ignorar os efeitos de suas ações no meio ambiente.
Neste momento, talvez ainda seja cedo para destacar qual de suas frases entrará para a história - se é que alguma delas entrará. O fato é que Obama chegou no lugar onde muitos imaginaram que ele não chegaria. Isto, por si só, já lhe dá o direito à confiança. De resto, é trabalhar. Obama, os norte-americanos, você, eu, todos. O discurso foi belo, mas não será ele isoladamente que fará um mundo melhor.
PS: a foto é do site da BBC Brasil.
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