Muitas vezes procuramos conscientemente algo que irá nos
causar sérios problemas.
Eduardo Vieira conta uma interessante fábula a respeito.
Um homem cruzando uma tempestade de neve escuta um ruído. Vê
uma cobra, ferida e quase morta de frio. “Me ajuda!”, diz ela.
“Você é perigosa”, responde o homem. “Não vê que estou quase
morrendo, e não posso lhe fazer mal nenhum?”, implora a serpente.
Compadecido, o homem a recolhe, e a leva para sua casa.
Durante algum tempo convivem em harmonia. Mas um dia, enquanto acariciava
a cabeça da cobra, ele recebe uma mordida fatal. “O que é isso?”, diz o homem, à
beira da morte. “Salvei sua vida, lhe dei comida, carinho – e agora você me
envenena?” E a serpente respondeu: “Mas você sabia que eu era uma cobra, não
sabia?”
Fonte: blog do Paulo Coelho, postado em 28/6/13.
PS: pois é, eu sabia que era uma cobra. Todo mundo avisou.
Fiz a mesma coisa que a fábula – e fui mordido igualmente. Porque, afinal,
cobras terão sempre o instinto de... cobras.
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