(...) E a pergunta retorna: afinal, o que quer a multidão?
Mais saúde e educação? Ou isso e algo ainda mais radical: um outro modo de
pensar a própria relação entre a libido social e o poder, numa chave da
horizontalidade, em consonância com a forma mesma dos protestos?
(...) Talvez uma outra subjetividade política e coletiva
esteja (re)nascendo, aqui e em outros pontos do planeta, para a qual carecemos
de categorias. Mais insurreta, de movimento mais do que de partido, de fluxo
mais do que de disciplina, de impulso mais do que de finalidades, com um poder
de convocação incomum, sem que isso garanta nada, muito menos que ela se torne
o novo sujeito da história. (...)
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