Como na postagem anterior lembrei de uma viagem, ocorre-me agora comentar um outro episódio vivido na mesma ocasião.
Já escrevi aqui e principalmente no meu blog Piscitas - travel & fun que viajar me dá um sentimento de pertencimento - a um lugar, a uma situação, etc.
Quando vivenciamos algo numa viagem, é comum sentirmos certa intimidade com aquela experiência a partir de então. Foi assim que eu me tornei "íntimo" do caso envolvendo o adolescente Trayvon Martin. Soube do ocorrido numa visita à CNN, em Atlanta (EUA). Dias depois, em Nova York, vi um protesto pedindo justiça em favor do adolescente - negro, morto na Flórida por um vigilante que o confundiu com um suposto criminoso.
O assassinato despertou a ferocidade da discussão a respeito do racismo nos EUA, como relatei neste blog na ocasião.
Agora, quase um ano e meio após o crime, o vigilante acusado pelo assassinato foi inocentado pelo júri. A decisão, como era de se esperar, reacendeu a polêmica sobre o racismo. Manifestações estavam programadas para ocorrer em pelo menos 100 cidades norte-americanas neste sábado (20/7). Tal como eu vi em NY em abril do ano passado.
O julgamento teve tanta repercussão que até o presidente dos EUA, Barack Obama, negro como Martin, pediu aos cidadãos que refletissem sobre o caso. Obama, aliás, foi além: manifestou que a vítima poderia ter sido ele 35 anos atrás.
Ainda como reflexo do julgamento, o cantor Steve Wonder - também negro - anunciou que não mais se apresentará na Flórida enquanto vigorar a lei que permite até matar em uma suposta ação de legítima defesa, mesmo que o ato tenha como base mera suspeita.
É, como eu registrei em 2012, nos EUA a questão racial é coisa séria!
sábado, 20 de julho de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 07:21 |
Viajar e pertencer: o caso Trayvon Martin de novo
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