sexta-feira, 19 de julho de 2013 | |

As vozes das ruas criaram um novo mundo?

(...) E a pergunta retorna: afinal, o que quer a multidão? Mais saúde e educação? Ou isso e algo ainda mais radical: um outro modo de pensar a própria relação entre a libido social e o poder, numa chave da horizontalidade, em consonância com a forma mesma dos protestos?

(...) Talvez uma outra subjetividade política e coletiva esteja (re)nascendo, aqui e em outros pontos do planeta, para a qual carecemos de categorias. Mais insurreta, de movimento mais do que de partido, de fluxo mais do que de disciplina, de impulso mais do que de finalidades, com um poder de convocação incomum, sem que isso garanta nada, muito menos que ela se torne o novo sujeito da história. (...)

Fonte: Peter Pál Pelbart, “Anota aí: eu sou ninguém”, Folha de S. Paulo, Opinião, 19/7/13, p. 3.

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