(...) Por falar em Judiciário, os irmãos Cristian e Daniel
Cravinhos, matadores do casal Richthofen, tiveram a esperteza de não encarar a
bandidagem nem os agentes penitenciários onde estiveram presos. Assim cumpriram
um sexto da pena de 38 anos. E em razão daquele "bom comportamento"
estão livres, com a obrigação apenas de dormir em abrigo judiciário. É a Justiça
que se faz mais uma vez, como um ato de celebração da igualdade de valores. Se
as vidas de Marísia e Manfred von Richthofen valiam só três anos cada, conforme
o estabelecido pelo Código Penal, celebremos nós outros o fato de estarmos
vivos ainda, sendo nossas vidas brasileiras tão democraticamente baratas, sem
distinção.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:41 |
Questões de Justiça
Código Penal, bem entendido, é nome fantasia. O nome
verdadeiro, inusual como é próprio dos apelidos, é Código de Incentivo à
Criminalidade. Elaborado pelo sentido de responsabilidade do Legislativo e
praticado pelo sentido de justiça do Judiciário. (...)
Fonte: Janio de Freitas, “Livres e proibidos”, Folha de S.
Paulo, Poder, 21/2/13.
Marcadores: Janio de Freitas, Justiça
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