"A luta do WikiLeaks é uma luta
de muitas facetas. Em meu trabalho como jornalista, lutei contra guerras e para
forçar os grupos poderosos a prestarem contas ao povo. Em muitas ocasiões,
manifestei-me contra a tirania do imperialismo, que hoje sobrevive no domínio
econômico-militar da superpotência global.
Por meio desse trabalho, aprendi a dinâmica da ordem
internacional e a lógica do império. Vi países pequenos sendo oprimidos e
dominados por países maiores ou infiltrados por empreendimentos estrangeiros e
forçados a agir contra os próprios interesses. Vi povos cuja expressão de seus
desejos lhes foi tolhida, eleições compradas e vendidas, riquezas de países
como o Quênia sendo roubadas e vendidas em leilão a plutocratas em Londres e
Nova York. Expus parte disso e continuarei a expor, apesar de ter me custado
caro.
Essas experiências embasaram minha atuação como um cypherpunk.
Elas me deram uma perspectiva sobre as questões discutidas nesta obra, que são
de especial interesse para os leitores da América Latina.
A próxima grande alavanca no jogo geopolítico serão os dados
resultantes da vigilância: a vida privada de milhões de inocentes. (...)"
Fonte: Julian Assange, “Mensagens de um ativista digital”, Folha de S. Paulo, Tec, 4/2/13.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:30 |
Os riscos à vida privada
Marcadores: governo, Internet, Julian Assange, tecnologia
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