A campanha presidencial de 2014 começou efetivamente na última quarta-feira (20/2). Foi quando a presidente Dilma Rousseff foi lançada candidata à reeleição pelo ex-presidente Lula num evento comemorativo dos dez anos do PT no poder e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu finalmente à tribuna do Senado para atacar o governo petista.
Os dois assuntos foram fartamente abordados pela mídia, de modo que não pretendo reproduzir ou comentar o conteúdo (acessível pelos links) dos eventos.
Quero chamar a atenção para um outro aspecto, tão relevante quando o mérito do que se fala numa campanha: o modo.
Neste quesito, os petistas largaram disparadamente na frente. Enquanto os discursos de Lula (principalmente) e Dilma foram marcados pelo tom emotivo, para Aécio faltou vibração. Embora o tucano tenha falado primeiro, quando as TVs apresentaram à noite os dois momentos juntos, nas reportagens editadas, a disparidade no tom ficou evidente.
Até a oposição alertou Aécio: "Acho que Vossa Excelência não constrói um discurso competitivo para quem é candidato", disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Há ainda um outro aspecto que envolve o modo como os discursos foram proferidos. Ele foi observado pela jornalista Eliane Cantanhêde em sua coluna na "Folha de S. Paulo": "A fala de Dilma foi em São Paulo, com Lula, o PT, os aliados e, repetindo, um marketing impecável. A de Aécio foi em Brasília e isolada".
Pode parecer detalhe, mas os detalhes costumam decidir uma eleição. A simbologia dos cenários, destacada por Cantanhêde, não é irrelevante.
O fato é que, ao colocar os times em campo, petistas e tucanos reproduziram o ânimo que os tem conduzido nas últimas eleições. E que pode ser definitivo para a próxima.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:52 |
Emoção petista, frieza tucana
Marcadores: Aécio Neves, Dilma, política
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