sexta-feira, 5 de abril de 2013 | |

Nada sei...

Nada sei desta vida
Vivo sem saber
Nunca soube, nada saberei
Sigo sem saber...

Que lugar me pertence
Que eu possa abandonar
Que lugar me contém
Que possa me parar...

(...)

Nada sei desse mar
Nado sem saber
De seus peixes, suas perdas
De seu não respirar...

Nesse mar, os segundos
Insistem em naufragar
Esse mar me seduz
Mas é só pra me afogar...

Sou errado, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto o tempo me deixar...

(“Nada sei [apneia]”, de Paulo Toller e George Israel)

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