(...) O que ele foi obrigado a prescindir por causa dela. O
que ela foi obrigada a prescindir por causa dele. Um clássico: nada perturba
tanto as vidas que vivemos como as vidas que não vivemos. O psicanalista Adam
Phillips, em livro recente, explica.
Mas seria injusto condenarmos Jesse e Céline como se fosse
possível ter sempre Viena e Paris. Até porque existe alguma beleza nas ruínas.
Não porque as ruínas são a expressão tangível do que se teve e perdeu. Mas porque
elas são a expressão tangível do que sobreviveu. (...)
Fonte: João Pereira Coutinho, “Não teremos sempre Paris”,
Folha de S. Paulo, Ilustrada, 30/4/13.
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