The world is closing in
Did you ever think
That we could be so close, like brothers
The future's in the air
I can feel it everywhere
Blowing with the wind of change
Walking down the street
Distant memories
Are buried in the past forever
The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a stormwind that will ring
The freedom bell for peace of mind
Let your balalaika sing
What my guitar wants to say
Did you ever think
That we could be so close, like brothers
The future's in the air
I can feel it everywhere
Blowing with the wind of change
Walking down the street
Distant memories
Are buried in the past forever
The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a stormwind that will ring
The freedom bell for peace of mind
Let your balalaika sing
What my guitar wants to say
Take me to the magic of the
moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change
(“Wind of Change”, de Klaus Meine)
Ontem tive como missão abordar o referendo sobre a
independência da Escócia – realizado nesta quinta-feira (18/9). Não sei o
resultado e isto pouco importa (pesquisas de boca de urna indicam a vitória do “não”).
O que me chamou a atenção foi o contraste das duas entrevistas
que fiz, uma pragmática, outra sentimental.
O professor de Relações Internacionais da FAAP, Marcus
Vinícius, disse basicamente que a separação da Escócia do Reino Unido não era
viável porque:
1 – a economia escocesa se basearia na exploração de
petróleo e qualquer alteração no preço para menos (como preveem alguns
especialistas caso a exploração de xisto seja bem sucedida) seria terrível para
as finanças do país;
2 – a sociedade não poderia basear a independência num
descontentamento com os governos conservadores do Reino Unido;
3 – o nível de “desinvestimento” no país seria grande.
Aleguei que a análise, embora correta, desconsiderava os
sentimentos e até mesmo a crise de representatividade que atinge parte do mundo
– a Escócia incluída.
Pois esta parte da análise veio justamente de um escocês.
Murray Fergusson, há sete anos no Brasil, disse estar indeciso, citou que os
pais votariam pelo “não”, enquanto o irmão votaria “sim”.
Contudo, falou que sempre houve no país um sentimento de
mudança, que se acentuou com o governo de Margaret Thatcher nos anos 1980.
Salientou também o fato de que “por um dia os escoceses terão o poder nas mãos
para decidir o futuro e isto é bom para a democracia”.
E quando forcei-o a escolher um dos lados, já que se
estivesse na Escócia teria que tomar uma decisão, ele falou após refletir um
pouco: “I would be brave and vote ‘yes’”.
Mas a melhor frase de Fergusson veio quando comentei que, mesmo
com a eventual vitória do “não”, o governo britânico seria forçado a fazer
concessões à Escócia, como já vinha prometendo. E isto seria uma vitória.
“Ventos de mudança chegaram. Independentemente do resultado,
a Escócia e o Reino Unido não serão mais os mesmos a partir de amanhã de manhã”.
E o amanhã chegou...
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