(...) Os especialistas na matéria puxaram pelas respectivas
cabeças e falaram de tudo: a crise econômica chegou aos lençóis; a pressão
sobre os homens para serem mais "femininos" e ajudarem nas tarefas
domésticas arruinou a testosterona dos machos; e o consumo alarmante de
pornografia transformou o ato, a naturalidade do ato, em algo que não possui a
mesma grandeza insana - e a mesma dureza peniana - da ficção.
Admito que tudo isso seja verdade. Mas existe uma verdade
mais básica que tornou possível todas essas possibilidades: uma cultura que fez
da "dessacralização" do sexo a sua obsessão, acabou com todas as
obsessões. Acabou, no fundo, com o tipo de "tabus" que os nossos avós
reservavam para o quarto. (...)
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