(...) Essa é uma discussão antiga, sobre os limites do público
e do privado, mas que ganhou muito mais urgência e abrangência na era da
comunicação total, que é também a era da exposição total. E não só na área
política ou policial mas também na esfera econômica.
Nossos comportamentos estão cada vez mais intermediados por
softwares, aplicativos, transações eletrônicas. O cidadão digital está nu. O
Google sabe muito mais das pessoas do que muitos dos seus amigos e parentes
mais próximos.
Nós somos o que buscamos.
Por isso, como protegemos (e também como usamos) essas
informações é uma das grandes novas discussões do nosso tempo e do futuro.
Por enquanto, é um universo em formação, horas depois do Big
Bang da internet, que juntou o mundo todo e todo mundo em relações
recém-nascidas ou ainda em gestação. (...)
Fonte: Nizan Guanaes, “Somos o que buscamos”, Folha de S. Paulo, Mercado, 29/10/13.
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