Como já mencionei “en passant” neste blog, na semana passada
fui a um seminário no Sesc Pompeia que abordou o telejornalismo. O evento, intitulado
“Invadir a Programação”, fez parte do programa “ContraTV – práticas
experimentais do vídeo nos anos 1980” – que, por sua vez, é parte da
pré-abertura do 18° Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (que começa
no próximo dia 6).
No palco, os cineastas Fernando Meirelles e Marcelo Machado,
o apresentador Marcelo Tas e o jornalista Goulart de Andrade (aquele do “Vem
comigo!”).
Os três primeiros fizeram parte de uma experiência,
coordenada (ou avalizada) por Goulart, que revolucionou o telejornalismo
brasileiro na década de 80 ao renovar a linguagem vigente. Trata-se do projeto Olhar
Eletrônico, que virou uma produtora independente.
Não pretendo resumir o debate, apenas mencionar alguns
registros.
De Goulart, ouvi algumas características necessárias para um
bom jornalista: “sou curioso, um garimpeiro, um contador de histórias”.
De Tas, um comentário que ilustra bem o Brasil: “estamos há
30 anos perguntando se o Maluf é ladrão. País curioso este”.
De Meirelles, uma leitura dos novos tempos, que dificultam
um trabalho mais profundo e autêntico como o “Olhar Eletrônico” fez nos anos
80: “vivemos uma ditadura dos advogados”.
De todos, em comum, uma recomendação: criatividade.
A seguir, alguns vídeos que ilustram um pouco do que foi debatido
na ocasião e um pouco do trabalho do “Olhar Eletrônico”:
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