quarta-feira, 23 de outubro de 2013 | |

Notas sobre um encontro

Como já mencionei “en passant” neste blog, na semana passada fui a um seminário no Sesc Pompeia que abordou o telejornalismo. O evento, intitulado “Invadir a Programação”, fez parte do programa “ContraTV – práticas experimentais do vídeo nos anos 1980” – que, por sua vez, é parte da pré-abertura do 18° Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (que começa no próximo dia 6).

No palco, os cineastas Fernando Meirelles e Marcelo Machado, o apresentador Marcelo Tas e o jornalista Goulart de Andrade (aquele do “Vem comigo!”).


Os três primeiros fizeram parte de uma experiência, coordenada (ou avalizada) por Goulart, que revolucionou o telejornalismo brasileiro na década de 80 ao renovar a linguagem vigente. Trata-se do projeto Olhar Eletrônico, que virou uma produtora independente.  

Não pretendo resumir o debate, apenas mencionar alguns registros.

De Goulart, ouvi algumas características necessárias para um bom jornalista: “sou curioso, um garimpeiro, um contador de histórias”.

De Tas, um comentário que ilustra bem o Brasil: “estamos há 30 anos perguntando se o Maluf é ladrão. País curioso este”.

De Meirelles, uma leitura dos novos tempos, que dificultam um trabalho mais profundo e autêntico como o “Olhar Eletrônico” fez nos anos 80: “vivemos uma ditadura dos advogados”.

De todos, em comum, uma recomendação: criatividade.

A seguir, alguns vídeos que ilustram um pouco do que foi debatido na ocasião e um pouco do trabalho do “Olhar Eletrônico”:


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