Sofremos, e sentimos muita saudade, claro, quando morre uma
pessoa querida. Mas a coisa pode ser pior ainda, se vista da perspectiva
inversa. Imagine a dor dos mortos, se pudessem contemplar a vida dos familiares
e dos entes queridos a quem deixaram.
Também eles, como os vivos, teriam de passar pelo longo
trabalho do luto; a despedida não se completa de uma só vez. É preciso deixar
que o tempo desfaça os laços do sentimento, até que por fim, em cada túmulo, os
mortos se calem na indiferença, no descanso, no nada. (...)
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