Quando
estava na faculdade de Comunicação Social, em 1995, tive que fazer um trabalho
para a disciplina História do Brasil, ministrada pelo professor Célio José
Losnak. Nossa missão foi entrevistar uma pessoa com mais de 50 anos de idade e
contar sua história de vida. Tratava-se de um trabalho de história oral (experiência
que foi depois replicada no meu trabalho de conclusão de curso).
Naquela
ocasião, decidi entrevistar minha avó Theolinda César Degáspari, então com 73
anos. Entre tantas histórias, ela lembrou de um episódio que gostaria de
reproduzir aqui nesta data – a dos 80 anos da Revolução Constitucionalista de1932, na qual forças paulistas se rebelaram contra as forças federais do
presidente Getúlio Vargas cobrando uma nova Constituição:
“Teve muita
polícia em Rio Claro. Eu me lembro que morávamos em Rio Claro e vinha aquela
avião vermelho. Eu fiquei até doente por causa disso. Quando escutava o ronco e
via o ‘vermelhinho’, era só gente que corria de medo Diziam que ele soltava
bomba na cidade.”
Esta
postagem é uma homenagem a todas as pessoas que lutaram - muitas das quais
perderam a vida - em prol de um ideal (ainda que possam ter sido manipuladas
para isso).
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