segunda-feira, 9 de julho de 2012 | |

A história do "vermelhinho" de 32

Quando estava na faculdade de Comunicação Social, em 1995, tive que fazer um trabalho para a disciplina História do Brasil, ministrada pelo professor Célio José Losnak. Nossa missão foi entrevistar uma pessoa com mais de 50 anos de idade e contar sua história de vida. Tratava-se de um trabalho de história oral (experiência que foi depois replicada no meu trabalho de conclusão de curso).

Naquela ocasião, decidi entrevistar minha avó Theolinda César Degáspari, então com 73 anos. Entre tantas histórias, ela lembrou de um episódio que gostaria de reproduzir aqui nesta data – a dos 80 anos da Revolução Constitucionalista de1932, na qual forças paulistas se rebelaram contra as forças federais do presidente Getúlio Vargas cobrando uma nova Constituição:

“Teve muita polícia em Rio Claro. Eu me lembro que morávamos em Rio Claro e vinha aquela avião vermelho. Eu fiquei até doente por causa disso. Quando escutava o ronco e via o ‘vermelhinho’, era só gente que corria de medo Diziam que ele soltava bomba na cidade.”

Esta postagem é uma homenagem a todas as pessoas que lutaram - muitas das quais perderam a vida - em prol de um ideal (ainda que possam ter sido manipuladas para isso).

Em tempo: a participação engajada da imprensa na revolução foi tema do artigo A imprensa paulista fardada de 1932, do jornalista Oscar Pulagallo, publicado hoje na “Fola de S. Paulo” (página 3).

PS: minha avó ainda conta suas histórias por aí!

* O acesso aos links desta postagem exige senha da "Folha de S. Paulo" ou do UOL

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