"Estamos sentados sobre um barril de pólvora e serrando o galho que sustenta toda a internet e, ao mesmo tempo, toda a infraestrutura do planeta. Aos poucos, os militares estão transformando a internet em um grande campo minado. Quanto mais se observa, mais assustadora a situação parece."
Eugene Kaspersky, CEO da maior empresa de antivírus do mundo, em entrevista à "Folha de S.Paulo" (para ler a íntegra, clique aqui - é preciso ter senha do jornal ou do UOL)
terça-feira, 31 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:52 | 0 comentários
Frase
Marcadores: frase, guerra virtual, Internet
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:43 | 0 comentários
Ousar sonhar (e correr atrás)
É preciso correr riscos. Só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça.
Todos os dias Deus nos dá – junto com o sol – um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. Todos os dias procuramos fingir que não percebemos este momento, que ele não existe, que hoje é igual à ontem – e será igual à amanhã.
Mas quem presta atenção ao seu dia, descobre o instante mágico.
Ele pode estar escondido na hora em que enfiamos a chave na porta pela manhã, no instante de silêncio logo após o jantar, nas mil e uma coisas que nos parecem iguais. Este momento existe – um momento em que toda a força das estrelas passa por nós, e nos permite fazer milagres.
A felicidade às vezes é uma bênção – mas geralmente é uma conquista.
O instante mágico do dia nos ajuda a mudar, nos faz ir em busca de nossos sonhos. Vamos sofrer, vamos ter momentos difíceis, vamos enfrentar muitas desilusões – mas tudo é passageiro, e não deixa marcas. E, no futuro, podemos olhar para trás com orgulho e fé.
Pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir.
Mas quando olhar para trás – porque sempre olhamos para trás – vai escutar seu coração dizendo:
“O que fizeste com os milagres que Deus semeou por teus dias? O que fizeste com os talentos que teu Mestre te confiou? Enterraste fundo em uma cova, porque tinhas medo de perdê-los. Então, esta é a tua herança: a certeza de que desperdiçaste tua vida”.
Pobre de quem escuta estas palavras. Porque então acreditará em milagres, mas os instantes mágicos da vida já terão passado.
Fonte: blog do Paulo Coelho, "O instante mágico", postado em 31/7/12.
Marcadores: Paulo Coelho, reflexão, vida
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:33 | 0 comentários
A horta de Obama
Como medida simbólica para estimular os norte-americanos a terem uma alimentação mais saudável, a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, criou uma horta na Casa Branca - a sede do poder Executivo do país.
A horta - "inaugurada" em março de 2009 - fica no jardim frontal da casa, bem à vista dos milhares de turistas que vão até os portões de entrada da casa mais famosa do país todos os dias.
O assunto virou até tema de livro assinado por Michelle.
Em tempo: a campanha de estímulo à alimentação saudável é voltada principalmente às crianças, já que os EUA vivem uma epidemia de obesidade infantil.
Marcadores: Casa Branca, curiosidade, EUA, horta, Obama, viagens
segunda-feira, 30 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:12 | 0 comentários
Do desvirtuamento das coisas públicas
Num país acostumado a fazer leis partindo do princípio de
que a corrupção é regra, não causa estranheza que medidas potencialmente
eficazes na administração pública sejam desvirtuadas pelas práticas humanas.
É fato que as acusações de corrupção que tiraram do cargo o prefeito de Limeira, Silvio Félix (PDT), envolvem em grande parte a terceirização da merenda escolar (que, aliás, virou alvo de denúncias em dezenas de cidades, sempre com os mesmos personagens).
Não pretendo discutir a eficácia e a pertinência da terceirização da merenda ou de qualquer outro serviço, apenas colocar em xeque os motivos que levam às críticas ao modelo adotado. Afinal, não é a terceirização em si a causa de todos os males e sim a intenção com que ela é implantada.
Dito de outra forma: são os interesses subterrâneos, escusos, que desvirtuam a terceirização e não esta em si.
Há quem possa questionar a teoria (neoliberal?) do Estado mínimo. Repito: não estou discutindo o mérito em si de terceirizar ou não, e sim as críticas feitas neste momento ao modelo de repassar a um terceiro a gestão de um setor da administração pública.
O mesmo pensamento se aplica à constituição de empresas de economia mista para agilizar os trabalhos dos governos.
Virou notório, por exemplo, falar que a então Emdel (Empresa de Desenvolvimento de Limeira) – que tinha a prefeitura como principal acionista – virara um cabide de empregos. Não que isto seja mentira. É preciso, porém, admitir que tal prática só ocorreu porque as pessoas (os governantes e os que se sujeitaram a isso) fizeram dela um caminho para negociatas, empreguismos e afins.
Mais uma vez, são os interesses subterrâneos, escusos, que desvirtuam a ideia – interessante – de ter uma empresa para realizar trabalhos públicos sem as amarras da legislação.
Aliás, a própria legislação no Brasil foi criada partindo do princípio de que a corrupção está enraizada nas administrações (e não está?). Ou para que serve a famigerada e agora tão criticada Lei de Licitações senão para resguardar o interesse público e o erário?
Não seria, pois, dever de qualquer administrador zelar pela coisa pública? Para que uma lei que obriga o governante a fazer algo que é dever de ofício?
A resposta parece óbvia: porque os governantes não fazem. Porque no Brasil prevalece o princípio de que todos são corruptos.
Mais uma vez, o ser humano aparece como agente desvirtuador do processo.
Este texto é quase um tratado filosófico (com a permissão do exagero) sobre uma faceta da administração pública.
É que me causa espécie ouvir críticas a terceirizações, Emdel e congêneres sem que se discuta a raiz de todos os males que as atingem: a prática humana da corrupção.
Em última análise, é o caráter – ou a falta dele – que está por trás dos problemas, não as medidas que são adotadas. Estas são apenas os instrumentos usados pelos maus governantes para atingir um determinado fim (qual seja, o benefício próprio ou de terceiros).
E, como instrumentos, “pagam o preço” sendo taxadas de ineficazes e impertinentes.
Por que, afinal, desvirtuamos as discussões?
PS: sei que este assunto sequer será discutido na campanha eleitoral que se apresenta, mas deveria. É o fulcro da administração, a origem da corrupção (junto do atual sistema de financiamento das campanhas e de constituição dos partidos no Brasil).
Marcadores: administração, cidades, terceirização
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:48 | 0 comentários
"Big brother"
Em Washington D.C., o centro do poder nos Estados Unidos, é inevitável se sentir vigiado. Tem sempre uma (ou várias) câmera(s) em qualquer canto e sempre há por perto alguém de terno, com ar suspeito (na verdade este alguém está de olho em potenciais suspeitos).
Pode ser tudo uma grande paranoia, mas é assim que a gente se sente - ainda mais quando a janela do hotel dá de frente para este prédio aí embaixo, o Pentágono, o centro da defesa do país, área de segurança máxima, ao redor da qual é proibido até tirar fotos.
PS: o hotel em questão e o Pentágono não ficam exatamente na capital dos EUA. Para entender melhor, recomendo a leitura de "Washington D.C. e Brasília: o destino que as uniu", postada no blog Piscitas - Travel & Fun.
Marcadores: curiosidade, EUA, viagem, Washington DC
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:32 | 0 comentários
Sobre as amizades virtuais
Me despeço de minha amiga com um abraço apertado. "A gente se fala" - ela diz, enquanto se afasta de mim fazendo um gesto no meio do peito. Por um momento, achei que ela ia fazer um desses coraçõezinhos de polegares com que as pessoas andam "espalhando amor" por aí. Seria muito estranho, pois ela não é nada afeita a esse tipo de modismo.
Aos poucos fui detectando o que suas mãos diziam. Mexia freneticamente os polegares no novo gesto que tomou conta da humanidade: o digitar de mensagens. Minha amiga falou "a gente se fala" dizendo que a gente não ia exatamente se falar.
Por quê?! Por que é que depois de tão delicioso encontro só nos restava aquele tipo de comunicação? Por que não fez o tradicional polegar e mínimo na orelha? Não queria falar comigo? Ela me ama, bem sei que ela me ama. Por que não me ligaria?
Me dei conta do quanto fomos rapidamente tomados. Eu mesma já exibo uma destreza inacreditável naquele teclado mínimo que jurei não servir pra nada. Ao decodificar o gesto de minha amiga, percebi que eu também já ardia na febre dos torpedos.
Mas por que será que levamos um tempão digitando mensagens e não telefonamos? Uns dizem ser mais barato, outros, mais objetivo.
Falam ainda de respeito à privacidade, da liberdade de responder quando quiser, milhões de desculpas para o conforto do isolamento.
Vivo agora com o queixo no peito, nariz na tela e as mãos cada vez mais rápidas nesse tricô tecnológico que, na maioria das vezes, leva mais tempo do que se eu ligasse pra pessoa. Por que não ligo, santo Deus!? Economia?
No meu caso, confesso que não. Desconfio que algo maior se esconde por trás de nossas letras virtuais.
Bem sei que a vida escrita é mais charmosa que a vida falada, mas acho que estamos sendo destreinados para o convívio. Estaremos cada vez mais rápidos com nossos dedos e cada vez mais lentos para sair delicadamente de uma situação constrangedora, por exemplo. Viraremos as costas e mandaremos um e-mail no dia seguinte?
Tenho medo de, no futuro, saber detectar gestos como o de minha amiga, mas não conseguir ler nem lidar com uma baixada de olhar, um pigarro, um brilho no olho ou um sorriso burocrático. Códigos clássicos do sutil alfabeto das relações humanas.
Um outro amigo diz que o único desconforto do isolamento é o buraco que fica no peito do animal que foi feito pra viver em bando. Vou ligar pra minha amiga. Melhor, vou marcar um novo encontro.
Fonte: Denise Fraga, "A gente se fala", Folha de S. Paulo, Equilíbrio, 10/7/12.
Marcadores: amizade, comportamento, Denise Fraga, redes sociais, relacionamento
domingo, 29 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 21:24 | 0 comentários
Aves da América
Na Filadélfia (EUA):
Em Niagara (Canadá):
Em Washington D.C. (EUA):
Só não pergunte quais são as espécies...
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 21:04 | 0 comentários
Direto do toca-CD (5)
Não existiria som se não houvesse o silêncio
Não haveria luz se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim
("Eu te amo calado", de Lulu Santos)
Marcadores: música
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:56 | 0 comentários
O fim de um ícone
Após quase 40 anos, o Playcenter - precursor dos grandes parques de diversões no Brasil - encerrou suas atividades. Fechou as portas neste domingo (29/7) deixando marcas em muitas gerações e saudade.
O Playcenter, sem dúvida, foi um ícone, marcou uma era. A sua história acabou como quase tudo na vida, que tem começo, meio e fim (quase tudo porque, para mim, o amor e amizade não acabam nunca - quando verdadeiros, naturalmente! -, por mais que um amigo pense o contrário).
O relato sobre minha relação com o parque pode ser lido na postagem "Lembranças do Playcenter...".
Para quem tem mais de 25, 30 anos, recomendo a leitura. Vale a pena!
Marcadores: parques, Playcenter
sexta-feira, 27 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:44 | 0 comentários
Frase
“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.”
Romanos 12:21 (Bíblia)
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:59 | 0 comentários
Na linha
Sim, havia um trem no meio do caminho...
A foto foi tirada na região da estação ferroviária do bairro do Tatu, na zona rural de Limeira.
A estação, histórica, foi reformada, mas o projeto de trem turístico segue no papel.
quarta-feira, 25 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 23:44 | 0 comentários
O desempenho de Zovico, uma surpresa
Eleito
vice-prefeito em 2004 e reeleito em 2008, Orlando José Zovico (sem partido)
assumiu em definitivo a Prefeitura de Limeira no fim de fevereiro para um
mandato tampão de dez meses. Ele havia sido conduzido ao cargo interinamente
semanas antes em razão do afastamento do então prefeito Silvio Félix (PDT) –
acusado de se beneficiar de possível enriquecimento ilícito de seus familiares.
Marcadores: administração, Limeira, Orlando Zovico, prefeitura, Silvio Félix
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 23:37 | 0 comentários
Arraiá!
Já que o período das festas juninas e julinas está acabando, aí vai uma simples homenagem numa bela paisagem:
(Homenagem às festas e à paisagem - do Rio de Janeiro, claro!)
Marcadores: festa, foto, paisagem, Rio de Janeiro
terça-feira, 24 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:28 | 0 comentários
Finalmente Limeira terá uma Vara Federal
Limeira finalmente vai contar com uma vara da Justiça
Federal. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo prefeito Orlando José
Zovico (sem partido) e por membros do Judiciário local. “É um dos fatos mais
importantes da história de Limeira”, falou o chefe do Executivo na abertura de
seu discurso.
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:22 | 0 comentários
Paisagem limeirense (2)
segunda-feira, 23 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 21:34 | 0 comentários
"Na Estrada" (3)
UOL - Kerouac e Cassady fizeram a viagem logo depois da Segunda Guerra. Você acha que seria possível fazer essa mesma viagem hoje, em que os tempos (e a cultura) são outros?
Garrett Hedlund - Acho que sim. Esses caras não eram comuns. É como dizia Einstein: os grandes espíritos enfrentam a oposição das mentes medíocres porque não se conformam a estes últimos. Quando eu era mais jovem, fui exatamente esse tipo de pessoa inconformada. Segui meu sonho de ser ator mesmo ouvindo do meu irmão mais velho: “Você quer ser ator?! Você não é um ator! Tom Hanks é um ator!” (risos). Sempre vai haver um tipo de gente que só consegue viver com aventura. Muitas outras pessoas podem perfeitamente viver com um trabalho das 9h às 5h, mas algumas simplesmente não conseguem suportar. Hoje em dia, de certo modo, é ainda mais fácil: se você quer muito viajar, é só pôr o pé na estrada.
Fonte: Thiago Stivaletti, "Na Estrada": Garrett Hedlund diz que sempre foi inconformado como seu personagem no filme, UOL, 23/7/12.
Leia também:
"Na Estrada"
"Na Estrada" (2)
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:31 | 0 comentários
Direto do toca-CD (4)
É aquela que fere
Que virá mais tranquila
Com a fome do povo
Com pedaços da vida
Como a dura semente
Que se prende no fogo
De toda multidão
Acho bem mais
Do que pedras na mão...
Dos que vivem calados
Pendurados no tempo
Esquecendo os momentos
Na fundura do poço
Na garganta do fosso
Na voz de um cantador...
E virá como guerra
A terceira mensagem
Na cabeça do homem
Aflição e coragem
Afastado da terra
Ele pensa na fera
Que o começa a devorar...
Acho que os anos
Irão se passar
Com aquela certeza
Que teremos no olho
Novamente a ideia
De sairmos do poço
Da garganta do fosso
Na voz de um cantador...
("A Terceira Lâmina", de Zé Ramalho)
Marcadores: música, Zé Ramalho
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:28 | 0 comentários
Flagrante
Local: Shopping Piracicaba. Data: domingo, 22/7.
Estacionamento lotado, o cidadão apelou ao famoso "jeitinho brasileiro".
Fala a verdade, tem gente folgada, não?
Depois os brasileiros ficamos incomodados quando nos criticam pelo tal "jeitinho"...
Marcadores: comportamento, flagrante, trânsito
domingo, 22 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:27 | 0 comentários
Frase
"Acho que o futuro não é algo que se possa prever, mas algo que precisamos construir, alcançar. Acho que há muita coisa que podemos fazer para transformar o mundo em algo melhor."
Don Tapscott, professor da Universidade de Toronto especialista em inovação e no impacto social da tecnologia, em entrevista à "Folha de S. Paulo" (para ler na íntegra, clique aqui - é preciso ter senha do jornal ou do UOL)
sábado, 21 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:44 | 0 comentários
Brasil, acerte as contas com sua história!
O Brasil realmente tem dificuldade em lidar com sua
história. Enquanto os vizinhos sul-americanos estão levando ao banco dos réus
(e condenando!) ditadores e colaboradores do regime militar, o máximo que o
Brasil conseguiu fazer foi criar a tal Comissão da Verdade, cuja missão
principal é investigar os fatos ocorridos entre 1946 e 1988, mais
especificamente durante os 21 anos de ditadura.
A redemocratização já caminha para seu trigésimo aniversário e a principal via que liga as duas maiores metrópoles brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo, ainda carrega o nome de um dos presidentes do regime militar – a Via Dutra. E sequer se cogita dar um outro nome que mereça maior consideração dos brasileiros.
A mais recente polêmica envolve o nome do estádio construído no Rio para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Apelidado de “Engenhão”, ele tem como patrono o ex-presidente da CBD (atual CBF, a Confederação Brasileira de Futebol) e da Fifa (Federação Internacional de Futebol), João Havelange.
Ocorre que Havelange é, junto com seu ex-genro e ex-presidente da CBF, Ricardo Terra Teixeira, um dos citados no processo judicial que tramitou na Justiça suíça a respeito do pagamento de propina da falida ISL a dirigentes da Fifa.
No processo (disponível aqui, em inglês), Havelange e Teixeira assumiram o envolvimento no caso de corrupção e se comprometeram a pagar uma certa quantia em dinheiro como acordo para não ter os nomes divulgados.
Desde que o processo veio a público, na última semana, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), é pressionado para que troque o nome do estádio.
Por enquanto, nenhuma palavra – até porque, como citado, o Brasil tem dificuldade em passar a limpo sua história.
Enquanto isso, Dutras e Havelanges vão ganhando honrarias e homenagens país afora. Algo a que, definitivamente, eles não fazem jus.
Leia também:
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:32 | 0 comentários
Improviso democrático
Há um antigo ditado que diz: "quem não tem cão caça com gato".
Em Washington D.C., a capital dos Estados Unidos, o ditado foi adaptado para o lazer. Afinal, quem não tem praia...
... improvisa no Memorial da Segunda Guerra e no Memorial de Lincoln, ambos no National Mall.
* As fotos são de Carlos Giannoni de Araujo
Marcadores: curiosidade, EUA, viagens, Washington DC
quinta-feira, 19 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:14 | 0 comentários
"Na Estrada" (2)
Assisti a "Na Estrada", de Walter Salles, na sexta passada, no Rio. E passei o fim de semana pensando na minha vida.
Li "Na Estrada", de Jack Kerouac, no fim dos anos 1960, provavelmente em Nova York -mas talvez em Houston. O texto que eu li era uma versão expurgada; isso, na época, eu não sabia. Não voltei ao texto em 2007, quando a Viking publicou o manuscrito original (em português pela L&PM). Mas o texto voltou em mim com força, na sexta-feira, quando assisti ao filme.
Nos anos 1960, eu era um hippie lendo um "beat". Na mesma época, "Almoço Nu", de William Burroughs, me seduzia, mas me assustava - longe demais de minha experiência (das drogas, do sexo e da vida). Também lia Allen Ginsberg e Gregory Corso, mas, aos dois, preferia Lawrence Ferlinghetti - outra escolha "bem comportada", dirá alguém.
O fato é que "Na Estrada" foi a parte da herança "beat" da qual eu me apropriei imediatamente. Por quê? As drogas, o álcool ou o sexo "livre" me pareciam secundários - apenas um jeito de dizer: "Não esperem que a gente viva como manda o figurino".
O essencial, para mim, era a junção da fome de aventura com uma raivosa vontade de escrever. A vida se confundia com um projeto literário que exigia os excessos: era preciso viver intensa e loucamente, de peito aberto, para que valesse a pena contar a história. Por isso, eu e outros podíamos, ao mesmo tempo, venerar Kerouac e Hemingway - os quais, álcool à parte, provavelmente, não se dariam.
(...) Kerouac não tinha simpatia pelo marxismo. Ele preferia o individualismo dos que procuram uma fronteira para desbravar - pouco a ver com um projeto de reforma social ou de revolução. Para os "beats", aliás, transformar a sociedade seria um problema. Certo, Neal Cassady e Gregory Corso passaram tempo na cadeia; e Burroughs, Kerouac e Ginsberg foram censurados. Mas, justamente, num mundo que não lhes resistisse, a vida dos "beats" perderia sua dimensão épica.
Ao longo dos anos 1970 e 1980, fazendo um balanço, eu teria dito que, em mim, a herança marxista europeia prevalecera sobre a herança "beat". Hoje, penso o contrário - não sei se por decepção política ou por maturidade. Mas não tenho muitas certezas: por exemplo, minha errância pelo mundo foi uma experiência da estrada ou uma versão "chique" do cosmopolitismo forçado dos trabalhadores modernos?
E será que vivi como um fogo de artifício? Ou então durar e continuar vivo se tornou, para mim, mais importante do que me arriscar na intensidade das experiências?
O filme de Salles está sendo a ocasião imperdível de um balanço -ainda não decidi se festivo ou melancólico. Cuidado, o balanço não interessa só minha geração. Cada um de nós pode se perguntar, um dia, como resolveu a eterna e impossível contradição entre segurança e aventura: quanta aventura ele sacrificou à sua segurança?
Essa conta deveria ser feita sem esquecer que 1) a segurança é sempre ilusória (todos acabamos morrendo) e 2) qualquer aventura não passa de uma ficção, um sonho suspenso entre a expectativa e a lembrança.
Que você tenha lido ou não o livro de Kerouac, e seja qual for sua geração, assista ao filme e se interrogue: se uma noite, inesperadamente, Neal Cassady tocar a campainha de sua casa, louco de aventuras para serem vividas e com o olhar fundo de quem dirige há horas e ainda quer se jogar na estrada, você saberia e poderia, sem fazer mala alguma, simplesmente ir embora com ele?
Fonte: Contardo Calligaris, "Folha de S. Paulo", Ilustrada, 19/7/12.
Marcadores: análise, aventura, comportamento, Contardo Calligaris, vida
quarta-feira, 18 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:27 | 0 comentários
Recordações
Vi este "objeto" no banheiro de um bar em Limeira. Ele trouxe à mente boas lembranças da infância quando brincava com os famosos tijolinhos construindo casas, prédios, cidades...
Não tive dúvida: peguei o celular e tirei a foto!
Marcadores: brinquedo, infância, lembranças
terça-feira, 17 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:48 | 0 comentários
Um grito de liberdade
Causou polêmica recente declaração dos dirigentes da CUT
(Central Única dos Trabalhadores), a principal entidade sindical trabalhista do
país, em defesa dos réus do chamado “mensalão”. Os dirigentes ameaçaram ir às ruas caso considerem que o julgamento – prestes a começar no STF (Supremo
Tribunal Federal) – assuma ares políticos.
Ou seja: para evitar a política, a política!
Não é disso, porém, que quero tratar.
Afora o fato da principal central sindical do país dispor-se a defender uma “quadrilha” que tomou conta do poder público federal em prol de um partido, nas palavras do procurador-geral da República (a CUT já foi às ruas por motivos mais nobres...), o que chama a atenção é a disputa PT x PSDB em qualquer segmento da vida nacional.
A briga entre as duas siglas que dominam o Executivo federal há 17 anos já ficou chata. Até porque, como já registrei neste blog em várias oportunidades, desde que os petistas chegaram ao poder, não há mais diferenças de práticas entre estes e os tucanos. Os partidos são iguais no “modus operandi”, para usar linguajar jurídico-policial (e não ao acaso).
O Brasil é maior que o PT e maior que o PSDB!
Até porque, tivesse realmente o PSDB o interesse
Os sindicalistas parecem ignorar que as denúncias partiram de um aliado do PT no plano federal (o então deputado Roberto Jefferson e seu PTB). Parecem ignorar que as ações partiram de um “bando de aloprados” petistas, nas palavras do próprio presidente da República (usadas num outro escândalo, o do dossiê, é verdade, mas cabível também no caso do “mensalão”).
Portanto: mais racionalidade e menos emoção neste debate. Mais racionalidade e menos política.
O Brasil merece um debate mais maduro e profundo.
segunda-feira, 16 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:21 | 1 comentários
"Kiss cam"
As seleções brasileiras feminina e masculina de basquete fizeram hoje amistosos contra os Estados Unidos no Verizon Center, em Washington D.C. Os jogos valeram como preparação final para as Olimpíadas de Londres.
Pouco antes do jogo masculino (que foi o segundo), o presidente dos EUA, Barack Obama, apareceu de surpresa no ginásio - o vice-presidente Joe Biden já estava lá e a primeira-dama Michelle chegou depois.
Numa das paradas do jogo, o casal Obama foi filmado pela "kiss cam" e recusou se beijar - o que provocou decepção e algumas vaias. Depois, em outro momento, Barack e Michelle cederam e deram um beijo (para delírio do público).
Para quem não sabe, a “kiss cam” é uma brincadeira comum nos jogos da NBA, a liga profissional de basquete dos EUA. Funciona assim: câmeras flagram casais na torcida; quando mostrados nos telões, eles devem se beijar (daí o nome – “kiss” em inglês é beijo).
É pura diversão!
A seguir, flagrantes que eu captei durante o jogo Atlanta Hawks x Charlotte Bobcats, em 4 de abril último, Atlanta:
Ah, a última foto foi uma brincadeira da "kiss cam" com um jogador do Charlotte, claro!
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:03 | 0 comentários
Direto do toca-CD (3)
O que está
acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou
("Relicário",
de Nando Reis)
Marcadores: música, Nando Reis
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:46 | 0 comentários
Vícios modernos
Viramos
uma civilização de seres cabisbaixos, que se esbarram nas ruas encantados pela
telinha luminosa. O vício em celulares inteligentes é tão forte como outros,
segundo Leslie A. Perlow, professora de Harvard e autora de "Sleeping with
Your Smartphone" (dormindo com seu celular).
Marcadores: celular, comportamento, Folha, redes sociais, Sérgio Dávila, tecnologia
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:37 | 0 comentários
Marcas na parede
A pedido do Rodrigo Fadelli, deixei meu "autógrafo" na parede do Europa Café - agradável bar/café com jeito de pub, pequeno e aconchegante, na Avenida Maria Buzolin, em Limeira:
Aliás, não só eu, mas todos que passam por lá podem assinar a parede/mural, uma ideia bem legal!
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:22 | 0 comentários
Dilma, Lula, SP e BH
(...) Melchiades
Filho já escreveu (...) que a eleição de São Paulo reflete o passado, com Lula
versus Serra, e a de Belo Horizonte aponta para o futuro. Perfeito.
domingo, 15 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:54 | 0 comentários
Reflexão
Quando
achar que deve fazer algo por alguém, simplesmente faça.
Não
deixe para depois.
O
remorso é dos mais doloridos dos sentimentos. E dura toda a eternidade.
Marcadores: comportamento, reflexão
sábado, 14 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 15:33 | 0 comentários
Versos de um tal de Zé
Hoje brota no meu peito
um vinho tinto de dor
É o preço que a rosa cobra
de um jardineiro amador
("O Preço da Rosa", de Zé Geraldo e Tavares Dias)
***
Esperar
é acreditar
A vida me ensinou a esperar
("Olhos de jardineiro", de Zé Geraldo)
***
Eu sigo pelo mundo afora sempre a lutar
Estou de joelhos agora, mas vou me levantar
E quando no fim da jornada a vitória chegar
Será bem maior o valor que eu vou lhe dar
("Os grandes são grandes porque eu ainda estou de joelhos", de Zé Geraldo)
***
Já vi muitas manhãs
Cansei de passar por forte o tempo inteiro
Eu quero de volta meu choro
Preciso sonhar
O que a gente leva da vida
são os sonhos que a vida nos dá
("Os sonhos que a vida nos dá", de Zé Geraldo)
Marcadores: música, reflexão, vida, Zé Geraldo
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 15:26 | 0 comentários
Jornalismo on-line independente: é possível (?!)
O
site de notícias on-line Plaza Pública (Praça Pública), criado no início de
2011 para levar um jornalismo "mais independente e menos superficial"
à Guatemala, é voltado para explorar as relações entre poder e economia e entre
economia, poder e crime organizado - e investigar temas desconfortáveis para o
poder, disse Martín Rodríguez Pellecer, diretor e fundador do site.
(...) A visão de um jornalismo independente mais rigoroso e aprofundado "não cabe mais na mídia convencional", disse Rodríguez.
Fonte: Summer Harlow/IF, "Site de notícias on-line da Guatemala representa tendência de jornalismo independente e de profundidade", blog Jornalismo nas Américas, Knight Center for Journalism in the Americas.
Em tempo: se quiser conhecer uma iniciativa recém-nascida de jornalismo independente em Limeira para a cobertura das eleições, acesse Limeira2012.com.
Marcadores: Internet, jornalismo
sexta-feira, 13 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:01 | 0 comentários
"Histórias íntimas"
Acabei
de ler um livro bastante interessante – cujo nome está no título desta postagem
- da historiadora Mary del Priore. A obra mostra como a sexualidade e o
erotismo ajudaram e ainda ajudam na formação da sociedade brasileira. Aliás, o
mesmo se aplica à gastronomia, à música, ao cinema, enfim a qualquer manifestação
humana.
Marcadores: história, livro, Mary del Priore, sexo
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:58 | 0 comentários
"Na Estrada"
Estreou
hoje nos cinemas brasileiros a versão cinematográfica da saga de Jack Kerouac e
cia. – a geração beat. O filme inspirado no clássico “On the road”, que sempre
me inspira.
Não vejo a hora de assistir!
Marcadores: cinema, filme, Jack Kerouac
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:47 | 0 comentários
Direto do toca-CD (2)
Ensaiei meu samba o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era só o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
Minha escola estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei.
("Retalhos de Cetim", de Benito di Paula)
***
Eu vou ficar
No meio do povo, espiando
Minha escola
Perdendo ou ganhando
Mais um carnaval
Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final...
Não deixe o samba morrer
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De samba pra gente sambar...
("Não deixe o samba morrer", de Edson Conceição e Aloísio)
quarta-feira, 11 de julho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:48 | 0 comentários
Espírito esportivo
Vi a imagem a seguir colada atrás de uma placa de trânsito na esquina das ruas Tatuibi e Vereador Lázaro da Costa Tank, na região da Vila Castelar:
No dia seguinte, a imagem não estava mais lá.
Em tempo: é só uma brincadeira (até porque, nas atuais conjunturas, a cena nem faz muito sentido...).
Marcadores: curiosidade, esporte, foto
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:42 | 0 comentários
Frase
“Ninguém
ganha sempre – mas os corajosos sempre ganham no final.”
Paulo
Coelho, escritor, em seu blog
Marcadores: frase, Paulo Coelho, reflexão
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:40 | 0 comentários
"Flanar na internet me faz trabalhar melhor"
A internet é um estímulo à distração. É fácil entrar só para ver uns e-mails e cair em fotos do bebê da Beyoncé.
Mas, há duas semanas, tive uma experiência diferente. Estava estressada, com um prazo a cumprir e frustrada a ponto de não conseguir trabalhar, quando comecei a usar o Twitter e o Tumblr.
Por um tempo, deixei minha mente e meus dedos me conduzirem sem rumo pela web. Logo cansei disso, concluí meu texto e o entreguei. O passeio demorou menos de dez minutos e parece ter me tornado mais eficiente.
É claro que a norma aceita é a de que nossa concentração e a nossa atenção estão sendo solapadas pela barragem constante de serviços que inundam nossas telas, e que a tendência é negativa.
John Herrman, editor do "FWD", site de tecnologia do BuzzFeed, diz ter desenvolvido uma espécie de neurose tecnológica em virtude da corrida frenética para se manter atualizado, acompanhando e-mails, Twitter, Facebook, mensagens e telefonemas o dia todo.
"Como muitas outras pessoas que trabalham com computadores, pareço muito ineficiente", escreveu em post recente. "Mesmo que minha produção seja alta, consumo muito mais informações do que produzo. Estou sempre desviando a atenção daquilo que faço, nunca ocupado demais para olhar para outra coisa, e nunca ignoro o que atrai minha atenção."
Minha experiência é parecida com a dele, quase todos os dias -mas nem sempre. Descobri que, de vez em quando, é revigorante me perder na web. Em lugar de ignorar o ruído, eu muitas vezes o emprego como forma de me acalmar para que possa concluir meu trabalho.
Parece que, em vez de fraturar minha concentração e estilhaçar a atenção, a distração digital se tornou parte do meu ritmo de trabalho. Talvez possa encarar com eficiência tudo aquilo que requer minha atenção se eu descobrir como me alternar entre a multidão de aplicativos e serviços que me imploram presença, leitura, resposta.
Se meu cérebro está aprendendo a enfrentar as distrações, será que o mesmo vale para outras pessoas?
É claro que o consenso entre cientistas e pesquisadores é o de que tentar alternar entre muitas tarefas fratura nosso pensamento e degrada a qualidade de cada ação. Mas compreender a plasticidade do cérebro, ou sua capacidade de se adaptar e reorganizar seus percursos neuronais, é uma disciplina que apenas começa a receber atenção.
Adam Gazzaley, neurocientista da Universidade da Califórnia em San Francisco, que estuda o impacto das interrupções sobre o desempenho e a memória, diz que é possível que nossos cérebros estejam se adaptando para lidar melhor com os diversos estímulos digitais. (...)
Fonte: Jenna Wortham, "Folha de S. Paulo", TEC, 9/7/12 (para ler na íntegra, clique aqui - é preciso ter senha do jornal ou do UOL).
Marcadores: comportamento, Internet