Há algum tempo tento transmitir algumas idéias e encontro dificuldades. Pois foi num livro de cunho científico que encontrei uma saída para uma dessas idéias. O texto fala melhor do que eu:
"A antropóloga Helen Fisher, em Por que Amamos, exprimiu lindamente a insanidade do amor romântico, e quão exagerado ele é se comparado ao que seria estritamente necessário. Observe comigo. Do ponto de vista de um homem, por exemplo, é improvável que qualquer mulher que ele conheça seja cem vezes mais desejável que suas concorrentes, mas é assim que ele a descreverá quando 'apaixonado'. Mais que a devoção monógama fanática a que somos suscetíveis, uma espécie de 'poliamor' seria mais racional. (O poliamor é a crença de que é possível amar vários integrantes do sexo oposto simultaneamente, assim como se pode amar mais de um vinho, um compositor, um livro ou um esporte.) Aceitamos sem problemas que somos capazes de amar mais de um filho, mais de um progenitor, mais de um irmão, mais de um professor, mais de um amigo ou mais de um animal de estimação. Pensando assim, a exclusividade total que esperamos do amor conjugal não é esquisita?"
Fonte: "Deus, um delírio", de Richard Dawkins, Companhia das Letras, p. 244.
domingo, 7 de dezembro de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 16:38 |
O amor e o poliamor
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