Qualquer cidadão, em qualquer lugar do mundo, será capaz de
lembrar de uma música que tenha marcado época por seu caráter histórico, de
contestação ou retratação de um determinado momento. Das mais pops, como “Era
um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones...”, às mais
rebuscadas, muitas delas contaram e fizeram história.
Confesso, porém, que nunca tinha parado para pensar na
amplitude dessa relação quase umbilical até ver recentemente uma interessante
exposição do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Intitulada “A música canta a
República”, a mostra retratou a história do Brasil do final do século 19 ao início do
século 21 por meio de canções populares, muitas das quais fizeram enorme
sucesso, outras nem tanto.
A exposição foi construída de um modo que os visitantes
passassem por uma espécie de linha do tempo. Nela, os fatos históricos mais
relevantes eram apresentados em fotos e textos. Trechos de música apareciam
como retratos daquele momento. Um guia auditivo podia ser usado para ouvir as canções
conforme se avançava pela exposição.
A iniciativa acompanha o lançamento da trilogia “Quem foi que inventou o Brasil - a música popular conta
a história”, escrita pelo jornalista e ex-ministro do governo
Lula, Franklin Martins, cujos dois primeiros livros foram lançados recentemente.
Depois de São Paulo, a mostra passaria por Rio de Janeiro e Brasília.
Em tempo: as fotos acima não seguem a ordem cronológica dos fatos.
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