(...) Em 40 anos de política repressiva, as drogas no mundo,
em vez de encarecerem, ficaram mais baratas. Sua qualidade aumentou.
A repressão ainda criou um mercado negro que alimenta
corrupção entre narcotraficantes, forças de segurança e políticos mundo afora.
Em países como Brasil e Estados Unidos, produziu encarceramento em massa,
muitas vezes por crimes não violentos.
O hemisfério ocidental está se ajustando à nova realidade.
Guatemala, Uruguai e alguns Estados americanos estão descriminalizando o
consumo de drogas. Na Colômbia, país onde a guerra às drogas enfraqueceu a
guerrilha, mas manteve a força dos cartéis, o governo vê a velha política como
"fracassada".
(...) Em geral, porém, o governo (brasileiro) continua preso
ao paradigma de ontem. A descriminalização do consumo não tem apoio do
Congresso Nacional nem da maioria da população.
Fonte: Matias Spektor, “Guerra à droga apequena Dilma naCasa Branca”, Folha de S. Paulo, Mundo, 25/6/15.
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