Já fiz esta reflexão aqui, pós-eleição, e volto a fazê-la - ou lembrá-la: escrevi neste blog, na véspera do segundo turno presidencial do ano passado, que tinha a impressão de que quem saísse vencedor nas urnas na verdade perderia.
Não era preciso ser muito inteligente ou visionário para antever o atual cenário de dificuldades - com Dilma Rousseff ou fosse com Aécio Neves.
O vencedor das urnas assumiria num cenário de pouco legitimidade, com um país dividido.
Pois algo semelhante ocorre agora na Guatemala, segundo texto do jornalista Clóvis Rossi na "Folha de S. Paulo". Lá, como cá, a sociedade não tolera mais tantos escândalos de corrupção. Lá, como cá, os cidadãos não se sentem mais representados pela classe política. Lá, e não cá, ocorrem protestos seguidos há 18 semanas!
Tudo isto - e mais outros movimentos mundo afora (como o Podemos, na Espanha, e a renúncia do primeiro-ministro grego que se elegeu prometendo combater a política de austeridade imposta pela Europa e sete meses depois fez acordos com a chamada "troika", sem falar da tal Primavera Árabe) - indica que há uma significativa mudança em curso na humanidade (ou em boa parte dela) no que diz respeito à política.
Ecos da era de Aquário?
Parece-me, contudo, que apenas os políticos ainda não entenderam os efeitos desta nova era digital.
Em tempo: a menção à era de Aquário é meramente retórica, para indicar mudanças. Não entendo nada do assunto e não sei quais são os preceitos desta tal era.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:08 |
A era de Aquário chegou à política?
Marcadores: política
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário