O prometido é devido: será que organizar Copas do Mundo ou
Jogos Olímpicos compensa economicamente? A resposta instintiva seria dizer sim:
durante os jogos, há turistas nas cidades, a economia floresce - e o nome do
país sobe aos píncaros. Quem, em juízo perfeito, não receberia uma Copa ou uns
Jogos Olímpicos de braços abertos?
Curiosamente, muita gente. Andrew Zimbalist (...) escreveu "Circus Maximus"
(Brookings, 174 págs.), um dos mais sérios e detalhados estudos econômicos
sobre Copas do Mundo e Jogos Olímpicos.
Uma primeira conclusão: Copas e Olimpíadas são tão
tentadoras que o número de países que se candidatam a tal honraria tem
decrescido. Em 1997, existiam 12 candidatos para os Jogos Olímpicos de 2004.
Atenas venceu. Em 2013, apenas 5 para os Jogos de 2020. Tóquio venceu. Como
explicar a deserção?
Uma palavra: dinheiro. Tirando honrosas exceções (já vamos lá), o investimento em grandes circos desportivos é ruinoso no curto e no longo prazos. (...)
Fonte: João Pereira Coutinho, "Jogos de azar", Folha de S. Paulo, Ilustrada, 10/3/15.
* Leia também (acrescentado em 19/3):
- Os Jogos Olímpicos não serão positivos para o Rio
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