Iberê Camargo é um patrimônio da arte brasileira. O gaúcho
de Restinga Seca, falecido em agosto de 1994 na capital Porto Alegre, foi um
dos pintores e gravuristas contemporâneos mais importantes de sua geração.
Deixou uma apreciada coleção, que pode ser vista parcialmente (conforme a
temática da mostra) na fundação que leva o seu nome.
Quando lá estive, em novembro de 2014, trabalhos do artista estavam reunidos numa exposição chamada "As horas (o tempo como motivo)":
Ela ocupa um prédio que
forma, com a obra do artista, um conjunto harmônico e provocativo, com as
formas características da arquitetura moderna – que, de certo modo, aparecem
também nas pinturas de Iberê.
Para completar a paisagem, a beleza do Guaíba (na
verdade um lago) que banha a capital do Rio Grande do Sul e faz todas as tardes
com o sol a mais bela parceria da natureza naqueles lados dos pampas quando o
brilho dourado solar se encontra com o marrom escuro das águas.
Além de trabalhos de Iberê, na data da minha visita à fundação havia também uma exposição de arte “povera”, uma tendência nascida na Itália na década de 1960. Arte contemporânea na veia!
Mario Merz ("Senza titolo", 1997) |
Michelangelo Pistoletto ("Il disegno dello specchio, 1979) |
Giuseppe Penone (nome da obra não identificado) |
Aliás, já que citei o prédio, é impossível não ver uma similaridade entre a sede da fundação - assinada pelo arquiteto português Álvaro Siza - e as "casas" do High Museum, em Atlanta (EUA), obra dos arquitetos Richard Meier (primeira etapa) e Renzo Piano (segunda etapa); e da Bienal de Arte de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, trabalho de Oscar Niemeyer,
Para quem for a Porto Alegre, vale certamente uma visita!
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