O principal argumento para políticos e partidos (PT à frente) negarem envolvimento com o escândalo da Petrobras é que as doações eleitorais recebidas foram legais - registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Ora, num olhar míope, efetivamente que foram. Entraram oficialmente e foram declaradas.
Ocorre que a origem dessas doações costuma ser ilícita. A matemática é simples: a empresa superfatura o valor de um contrato com uma estatal. O valor a mais aparece como um lucro da empresa e acaba sendo "doado" legalmente a partidos e políticos (bem como parte dele é repassado a troco de propina para gestores da estatal, conforme as delações obtidas na Operação Lava Jato).
Argumentar, portanto, que houve doações legais é mais do que uma desculpa, é chamar o brasileiro de idiota.
Se a origem do dinheiro é sabidamente ilícita, segundo os depoimentos surgidos até aqui, ilícita também deve ser considerada a doação. E, da mesma forma, deveriam ser as campanhas que este dinheiro financiou - vitórias eventualmente construídas a partir de dinheiro sujo.
- Leia também (acrescentado em 10/3):
* Doação eleitoral é falácia
domingo, 8 de março de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:54 |
Doações eleitorais legais são uma falácia
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