segunda-feira, 14 de julho de 2014 | |

O nosso legado

(...) Portanto, a boa organização não é algo que, de repente, indique que o Brasil seja um país desenvolvido e maravilhosamente administrado.

Não. O que fez desta Copa a melhor à qual já assisti foi o ambiente. Sei que os brasileiros estão fartos dos chavões estrangeiros sobre sol, areia e samba. Mas procurem, por favor, entender o efeito de Copacabana sobre um cidadão do norte da Europa.

(...) O outro elemento fundamental do ambiente: os brasileiros. Já fui a Copas bem organizadas como a dos EUA em 1994 e a do Japão em 2002, quando a maioria dos habitantes locais nem sabia que estava ocorrendo um Mundial.

Os brasileiros viveram a Copa. E quase todo mundo que conheci aqui me tratou com simpatia. Essa atitude amistosa é um trunfo nacional. (...)

Fonte: Simon Kuper,
Ao menos fora de campo, Brasil ganhou a Copa”, Folha de S. Paulo, Poder, 13/7/14.

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(...) Para ser franco, as coisas não foram tão deprimentes quanto imaginamos. Durante as partidas da Copa, viajei a quatro cidades brasileiras e não enfrentei um único problema. É a mesma história com todos os jornalistas, locais e estrangeiros. Todos têm elogios a fazer à "Copa das Copas". Os estádios são excelentes, com ambiente perfeito. Os voos foram pontuais e as filas nos aeroportos, curtas e rápidas. Os hotéis foram calorosos e eficientes. E mesmo os muito criticados motoristas de táxi têm sido prestativos e simpáticos.

Mas o maior ponto positivo para o Brasil nesta Copa do Mundo tem sido o seu povo. Estive com jornalistas europeus que se perguntavam por que as pessoas são "tão simpáticas e sempre sorridentes". Dois jornalistas indianos me perguntaram várias vezes se "as pessoas são sempre tão acolhedoras". Quem veio para cá temendo ser assaltado, vai voltar levando recordações de cantorias, dança e festa nas ruas. (...)

Fonte: Shobhan Saxena,
Quem veio temendo ser assaltado, vai voltar levando boas recordações”, Folha de S. Paulo, Poder, 13/7/14.

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